Seguro defende mais tempo para cumprir metas do défice
Líder do PS respondeu a Passos Coelho.
"É necessário mais tempo, porque se tivesse sido aplicado este princípio de mais tempo, e tivéssemos negociado, isso significaria aliviar os sacrifícios dos portugueses", disse o líder socialista aos jornalistas, no final da cerimónia de apresentação da candidata do PS à Câmara da Amadora, Carla Tavares.
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"É necessário mais tempo, porque se tivesse sido aplicado este princípio de mais tempo, e tivéssemos negociado, isso significaria aliviar os sacrifícios dos portugueses", disse o líder socialista aos jornalistas, no final da cerimónia de apresentação da candidata do PS à Câmara da Amadora, Carla Tavares.
António José Seguro reagia às declarações do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que segunda-feira, em Évora, admitiu que, em caso de "necessidade", o Governo "não deixará de colocar em cima da mesa" a questão da revisão das metas do défice para 2014.
Segundo o secretário-geral do PS, o país já beneficiou "por duas vezes de mais tempo", mas o Governo "nunca optou por fazer as políticas necessárias à criação de riqueza, mas sim para continuar as políticas de austeridade".
Seguro acrescentou que é "preciso dizer basta à política de austeridade" e fazer o equilíbrio das contas públicas pela "via do crescimento económico e pela criação de emprego".
O líder socialista adiantou que "Portugal tem uma carga fiscal exageradíssima, porque o Governo cumpriu mal o que estava desenhado no memorando e porque insistiu na política de austeridade".
Seguro acrescentou que "o Governo aumentou os impostos para tapar os seus buracos, aquilo que foi o deslize orçamental colossal".
"O que está aqui em causa é mudar radicalmente de política. É isso que já toda a gente viu no nosso país e é isso que o Governo teima em não reconhecer porque não quer admitir que falhou", concluiu.