FMI estará a preparar suspensão da ajuda financeira à Grécia

Atrasos nas privatizações e buraco financeiro de três a quatro mil milhões de euros levaram o Fundo Monetário Internacional a endurecer posição.

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Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, pediu ao FMI para esperar pela conclusão da avaliação ao plano de resgate grego Enric Vives-Rubio

A instituição espera que os governos da zona euro cubram um buraco financeiro de três a quatro mil milhões de euros, detectado depois de os bancos centrais dos países da moeda única se terem recusado a prolongar as maturidades dos títulos de dívida grega que detém. A ameaça de suspensão dos pagamentos à Grécia surge, ainda, numa altura em que derrapam os prazos para cumprir os programas de privatizações acordados com a troika no final do ano passado.

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A instituição espera que os governos da zona euro cubram um buraco financeiro de três a quatro mil milhões de euros, detectado depois de os bancos centrais dos países da moeda única se terem recusado a prolongar as maturidades dos títulos de dívida grega que detém. A ameaça de suspensão dos pagamentos à Grécia surge, ainda, numa altura em que derrapam os prazos para cumprir os programas de privatizações acordados com a troika no final do ano passado.

Ao contrário do que sucedeu com anteriores incumprimentos ao acordo que assinou para conseguir o empréstimo, o buraco de três a quatro mil milhões de euros não é uma responsabilidade de Atenas, mas sim dos parceiros europeus, refere o jornal britânico, citando as mesmas fontes. Os ministros das finanças da zona euro terão, agora, de discutir fontes de financiamento alternativas que podem até incluir um novo programa de resgate no final do ano.

Na quinta-feira, no Luxemburgo, Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, dramatizou o discurso, apelando ao Governo grego e ao ministro das finanças Yannis Stournaras, que cumpram os compromissos assumidos. Ao mesmo tempo, pediu também ao FMI para esperar pelas conclusões da terceira revisão do programa antes de avançar para a suspensão das ajudas. A revisão do resgate grego, interrompida pela instabilidade política em Atenas, “está já em marcha” e a troika deverá voltar à capital no próximo dia 3 de Julho para a concluir garantiu. A coligação tripartida grega não conseguiu chegar a acordo para resolver a crise provocada pelo encerramento da radiotelevisão pública ERT, levantando novas dúvidas quanto ao futuro do executivo

Ao final da noite, também o vice-presidente da Comissão Europeia, Olli Rehn, pediu aos partidos gregos que ajam "com responsabilidade" para manter a estabilidade política, "para o bem da Grécia e da Europa", perante a nova crise aberta no país.

"Espero, para o bem do povo grego, que a estabilidade seja preservada e quero apelar ao sentido de responsabilidade dos partidos políticos gregos, para o bem da Grécia e da Europa", disse Olli Rehn na conferência de imprensa que marcou o final da reunião do Eurogrupo.