Padre Lino Maia defende que se acabe com a “peste da austeridade”
Responsável social confirma que nos últimos meses os pedidos de ajuda de famílias têm crescido.
O padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) defendeu esta quinta-feira ser urgente “acabar com esta peste da austeridade” que está a deixar aquele sector com graves problemas de sobrevivência.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) defendeu esta quinta-feira ser urgente “acabar com esta peste da austeridade” que está a deixar aquele sector com graves problemas de sobrevivência.
Lino Maia, que falava nas jornadas parlamentares do PS num painel dedicado ao impacto social das políticas de austeridade, salientou que existem actualmente “muitas instituições sociais com graves problemas financeiros”.
Os pedidos de ajuda das famílias a estas entidades aumentaram mas as instituições não têm recibo suficiente apoio estatal ou não conseguem obter receitas que lhes permitam responder a todas as solicitações, descreveu Lino Maia. Embora considere positiva a existência de duas linhas de crédito para apoio a este sector, o responsável da CNIS lembra que estas instituições não criam riqueza e ao endividarem-se ficam com dívidas que não vão conseguir pagar no futuro porque não terão capacidade financeira excedentária para isso.
“O recurso ao crédito é apenas empurrar o problema para a frente com a barriga”, avisou. “Ou há uma solução radical ou teremos todo um sector a colapsar”, insistiu. “Temos que acabar com esta peste da austeridade. É preciso que o Estado se ‘re-situe’: o Estado ou é social ou não serve para nada e não precisamos dele.”