Candidato do PS a Oeiras quer autárquicas como “referendo” ao Governo

Marcos Sá defende que Passos Coelho se deve demitir se tiver uma grande derrota nas eleições municipais.

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Marcos Sá critica, no Facebook, os políticos que andam "há 40 anos no sistema" Nuno Ferreira Santos

Lembrando que o primeiro-ministro tem dito não “ter medo das eleições autárquicas”, Marcos Sá afirmou que Passos Coelho terá de “saber respeitar a vontade” dos portugueses naquele que será “o maior referendo nacional de sempre a um governo”.

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Lembrando que o primeiro-ministro tem dito não “ter medo das eleições autárquicas”, Marcos Sá afirmou que Passos Coelho terá de “saber respeitar a vontade” dos portugueses naquele que será “o maior referendo nacional de sempre a um governo”.

Discursando na abertura das jornadas parlamentares do PS, que se realizam quinta e sexta-feira em Oeiras e Lisboa, o antigo deputado alinhou pelos pedidos de demissão que o secretário-geral socialista não se cansou de repetir há alguns meses. “Se a vontade dos portugueses for castigar este Governo moribundo e sem qualquer tipo de sensibilidade social, só restará uma saída ao dr. Pedro Passos Coelho: demitir-se e ir finalmente a votos. Isso seria um acto de coragem”, afirmou Marcos Sá.

Aproveitando o facto de as jornadas serem dedicadas à temática do emprego e do crescimento, o candidato do PS a Oeiras anunciou iniciativas relacionadas com essas áreas.

Prometeu lançar, se for eleito, um pacote fiscal para as empresas que pressupõe a isenção da derrama – Oeiras aplica a taxa máxima, de 1,5% sobre o lucro tributável do IRC – por um período entre os dois e os cinco anos para empresas que mantenham ou criem emprego. Será criado um balcão único municipal de apoio a empresas e aos empreendedores, a que se somará um programa de estágios e primeiro emprego denominado Garantia Jovem, em parceria com as empresas do concelho.

Criticando a “falta de coordenação e governação estratégica” à escala metropolitana, Marcos Sá lançou um desafio directo ao grupo parlamentar, pedindo-lhe que “se empenhe na construção de um modelo de governação metropolitana a sério que sirva efectivamente os interesses das populações”.