Dolce e Gabbana condenados a um ano e oito meses de prisão

Estilistas acusados de evasão fiscal.

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A acusação tinha pedido no final de Maio dois anos e seis meses de prisão no julgamento em primeira instância. Os advogados de defesa já anunciaram que irão recorrer, o que suspende a execução da sentença.

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A acusação tinha pedido no final de Maio dois anos e seis meses de prisão no julgamento em primeira instância. Os advogados de defesa já anunciaram que irão recorrer, o que suspende a execução da sentença.

Os estilistas, que têm entre os seus clientes celebridades como Beyoncé e Madonna, sempre negaram as acusações feitas contra eles.

O veredicto desta quarta-feira prevê também que os estilistas indemnizem o fisco italiano em 500.000 euros.

Além dos dois estilistas, outros quatro arguidos foram condenados a menos de dois anos de prisão com pena suspensa. Entre eles estão o irmão de Domenico Dolce, Alfonso, e outros líderes da empresa. Outro dos arguidos, Antoine Noella, foi absolvido.

As duas estrelas da moda de Milão são acusadas de terem criado uma série de empresas-veículo –chamadas Gado, um acrónimo dos seus apelidos – no Luxemburgo em 2004 e 2005, dando-lhes o controlo de pelo menos duas marcas do grupo com o objectivo de escapar às autoridades fiscais italianas.

O tribunal de Milão apenas manteve uma das duas acusações contra os estilistas: a de “declaração fiscal falsa", abandonando a de "não-comunicação de determinados rendimentos". Em relação à acusação de que teriam sonegado ao fisco cerca de mil milhões de euros, o tribunal considerou que esta irregularidade ascendia apenas a 200 milhões.

Antes do veredicto, a procuradora Laura Pedio referia-se ao caso como uma "fraude fiscal sofisticado apoiada" em "indícios fortes como rochas".

Em Março, num processo civil, a autoridade fiscal de Milão condenou os dois estilistas a pagar uma multa de 343 milhões de euros pelos mesmos actos de evasão fiscalO processo foi entretanto alvo de recurso.

O grupo Dolce & Gabbana foi fundado em 1985, tem mais de 3000 funcionários, 250 pontos de venda em 40 países e registou vendas de cerca de mil milhões de euros no ano fiscal de 2011/2012.