Cenários para a greve dos professores
A greve é um fracasso e são poucos os alunos afectados
Mesmo que haja poucos estudantes que não consigam realizar nesta segunda-feira o exame de Português do 12.º ano, o ministério tem de lhes garantir uma segunda data. As provas para esse fim já existem, uma vez que todos os anos são elaboradas quatro provas por exame, uma para cada fase de exame e duas reservadas para situações excepcionais.
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A greve é um fracasso e são poucos os alunos afectados
Mesmo que haja poucos estudantes que não consigam realizar nesta segunda-feira o exame de Português do 12.º ano, o ministério tem de lhes garantir uma segunda data. As provas para esse fim já existem, uma vez que todos os anos são elaboradas quatro provas por exame, uma para cada fase de exame e duas reservadas para situações excepcionais.
Se forem poucos o novo exame poderá ser facilmente agendado, sem pôr em causa nem a possibilidade dos estudantes irem à 2.ª fase nas datas já estipuladas, nem o calendário normal do concurso nacional de acesso ao ensino superior. A 1.ª fase, que geralmente é a que dá garantias aos alunos de serem colocados na primeira opção, decorre entre 17 de Julho e 9 de Agosto.
A greve é um sucesso e muitos são impedidos de fazer exame
Se a adesão à greve levar a que uma percentagem significativa dos incritos para o exame de Português não possa realizar a prova, os cenários começam a complicar-se devido aos meios necessários para os assegurar, isto porque até ao final da 1.ª fase, a 26 de Junho, uma quarta-feira, existem exames marcados em todos os dias. O mais calmo é o de quarta-feira, dia 20, em que apenas há uma exame do secundário agendado, tendo sido essa a razão pelo qual o colégio arbitral recomendou ao MEC que adiasse o exame de Português para essa data. Se não conseguir encaixar uma prova para os alunos que não fizeram exame no dia 20, o ministério poderá ter que adiar a sua realização para os dias a seguir ao do fim da 1.ª fase e garantir a disponibilidade dos professores correctores de modo a que estas provas sejam vistas a tempo de os resultados de todos os alunos serem conhecidos no mesmo dia. O calendário em vigor estabelece que na 1.ª fase as pautas sejam afixadas a 10 de Julho.
E se houver diferenças no acesso à prova?
Um dos riscos maiores que se corre é que existam atrasos no início da prova em alguns agrupamentos. As normas do exame obrigam a que o envelope que contém os enunciados seja aberto ao mesmo tempo em todo o país e a que estudantes iniciem a prova à mesma hora, às 9h30. Quinze minutos antes já têm de estar na sala. Se estas normas não forem respeitadas, provavelmente o exame terá de ser anulado, já que não está garantido que o seu conteúdo foi conhecido ao mesmo tempo por todos os alunos.
Em qualquer dos cenários, o pior que poderá acontecer é que comecem as aulas com atraso na faculdade. O ministério terá sempre de garantir que os alunos que não façam exame nesta segunda-feria tenham possibilidade de realizar outra prova e que, caso chumbem ou pretendam melhorar nota, tenham acesso a uma 2.ª fase dos exames. Também terá de garantir, caso seja necessário, alterações ao calendário de acesso ao ensino superior de modo a que o estudantes com condições de se candidatarem na 1.ª fase o possam fazer.