Bloco diz que Crato “chumbou no exame” e deve demitir-se

Uma “gigantesca” derrota política para este Governo, acusou a líder Catarina Martins.

Foto
Para os bloquistas, está em causa a defesa da escola pública Pedro Cunha / Arquivo

Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, Catarina Martins disse que o resultado da greve dos professores desta segunda-feira é simples: “Uma gigantesca derrota do Governo, a incapacidade política de o ministro Nuno Crato permanecer no cargo.”

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, Catarina Martins disse que o resultado da greve dos professores desta segunda-feira é simples: “Uma gigantesca derrota do Governo, a incapacidade política de o ministro Nuno Crato permanecer no cargo.”

A coordenadora do Bloco acusou o Governo de ter convocado mais docentes do que o número de alunos do 12.º ano inscritos para os exames nacionais de Português e de Latim, “subvertendo todas as regras para a realização de exames em vigor há mais de 15 anos”. No entanto, frisou Catarina Martins, nem assim o executivo conseguiu “desmobilizar a gigantesca greve dos professores”.

A líder bloquista elogiou os docentes que aderiram à greve, em “defesa da escola pública”, e criticou aquilo que disse ser, neste momento, a reforma em cima da mesa para o ensino público: “Aumento do número de alunos por turma, fim do ensino profissional, criação de duas vias de ensino a partir dos 12 anos, despedimento maciço de professores. É o retrato sombrio do retrocesso de décadas que este Governo trouxe à escola pública”.

O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, já veio garantir que mais de 70% dos alunos realizaram os exames de Português e que os que não o fizeram devido à greve farão a prova no dia 2 de Julho.

 É o ministro que não tem condições para continuar à frente do ministério” , concluiu Catarina Martins.