Mourinho aprova fair play financeiro

Medidas da UEFA obrigam clubes a ter perspectiva diferente, defende o treinador português.

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É preciso gastar com mais ponderação Suzanne Plunkett/Reuters

O treinador português, que voltou a orientar a equipa de futebol londrina do Chelsea no princípio deste mês, considerou que as medidas criadas pela UEFA em 2009 têm sido “muito motivadoras” e úteis para a criação de um ambiente de maior coesão entre os diferentes departamentos dos clubes europeus.

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O treinador português, que voltou a orientar a equipa de futebol londrina do Chelsea no princípio deste mês, considerou que as medidas criadas pela UEFA em 2009 têm sido “muito motivadoras” e úteis para a criação de um ambiente de maior coesão entre os diferentes departamentos dos clubes europeus.

“Cada decisão e cada acção têm de ser muito mais pensadas, um erro de gestão tem agora uma influência real no futuro do clube. Tens de trabalhar muito mais próximo da direcção do clube na área financeira e tens de adoptar uma perspectiva diferente ou um olhar diferente em relação aos jogadores emprestados e aos escalões jovens”, explicou Mourinho, em declarações reproduzidas pela página oficial do Chelsea na Internet.

Os regulamentos de fair play financeiro da UEFA assentam no princípio de que “os clubes só devem gastar aquilo que podem gerar” e propõem estratégias de maior cooperação entre os membros da direcção e os elementos da equipa técnica, algo que tem agradado a Mourinho.

“É tudo muito mais global. Em vez de te focares apenas na tua equipa e nos teus objectivos e ambições, tens de ter uma visão mais aberta. É um perfil de trabalho diferente e estou feliz com isso”, concluiu.

Estas medidas de controlo financeiro da UEFA deverão impedir o clube londrino de repetir este ano as despesas feitas no mercado de transferências de Verão durante o primeiro ano de Mourinho no Chelsea, em 2004, que ultrapassaram os 70 milhões de libras (82,5 milhões de euros ao câmbio actual).