Comissão Europeia rejeita responsabilidades no encerramento da TV pública grega

Governo grego diz que decisão resultou das exigências da troika no programa de ajustamento económico e financeiro

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Junto à sede da televisão pública grega multiplicam-se as manifestações de apoio aos trabalhadores LOUISA GOULIAMAKI/AFP

Esta posição foi expressa por Olli Rehn, comissário europeu responsável pelos assuntos económicos e financeiros no final de um debate no Parlamento Europeu em que a troika – composta pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) – foi fustigada por vários deputados pelas receitas dolorosas de austeridade que está a impôr a países como Portugal e Grécia.

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Esta posição foi expressa por Olli Rehn, comissário europeu responsável pelos assuntos económicos e financeiros no final de um debate no Parlamento Europeu em que a troika – composta pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) – foi fustigada por vários deputados pelas receitas dolorosas de austeridade que está a impôr a países como Portugal e Grécia.

"A Comissão Europeia tomou nota da decisão das autoridades gregas de fechar" a ERT, "uma decisão tomada em plena autonomia", disse Rehn, que se limitou a ler uma declaração escrita emitida poucos minutos antes pela instituição.

"A Comissão não procurou o encerramento da ERT, mas a Comissão também não questiona o mandato do Governo grego para gerir o sector público", prosseguiu.

Segundo Atenas, a decisão do Governo resulta das exigências da troika no programa de ajustamento económico e financeiro imposto como contrapartida da ajuda externa ao país, nomeadamente no que se refere ao despedimento de 15 mil funcionários públicos até ao fim do ano.

Rehn reconheceu aliás que "a decisão das autoridades gregas deve ser vista no contexto dos grandes e necessários esforços que as autoridades estão a assumir para modernizar a economia grega". Estes esforços "incluem a melhoria e a eficácia do sector público", sublinhou.

Bruxelas afirma igualmente que espera que os trabalhadores despedidos de entre os 2.700 funcionários da ERT, sejam tratados "plenamente de acordo com o quadro legal aplicável".