Erdogan exige fim “imediato” dos protestos na Turquia
Primeiro-ministro regressou ao país e apelou ao bom senso dos seus apoiantes, que queriam esmagar os opositores.
“Estes protestos que estão no limite da ilegalidade devem acabar já”, disse Erdogan, citado pela BBC, no aeroporto de Istambul. O primeiro-ministro turco foi ainda mais longe, segundo a AFP, e afirmou que os protestos “perderam o seu carácter democrático” e cederam “ao vandalismo”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
“Estes protestos que estão no limite da ilegalidade devem acabar já”, disse Erdogan, citado pela BBC, no aeroporto de Istambul. O primeiro-ministro turco foi ainda mais longe, segundo a AFP, e afirmou que os protestos “perderam o seu carácter democrático” e cederam “ao vandalismo”.
Recebido por milhares de apoiantes no aeroporto – que gritavam “Estamos prontos para morrer por ti, Tayyip" ou "Vamos lá esmagá-los todos” –, Erdogan apelou à calma e ao bom senso. “Vão para casa pacificamente”, pediu o chefe de Governo.
A recepção a Erdogan, que esteve de visita a países do Magrebe, é a primeira manifestação de apoio ao primeiro-ministro, desde o início dos protestos há uma semana.
Enquanto o primeiro-ministro regressava a casa, prosseguiam as manifestações, especialmente na Praça Taksim, em Istambul, local que esteve na origem do protesto – ali ao lado o Parque Gezi dará lugar a um centro comercial numa recriação de uma caserna militar otomana.
Antes de regressar a Istambul, Erdogan já tinha dito em Tunes que não recuará nos seus planos de construir a caserna e que as manifestações são feitas por uma minoria, em que estão terroristas.