“Isto já não é um Governo, é um bando de bandidos”, diz STAL

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funcionários públicos estão furiosos com o Governo Louisa Goulimaki/AFP

O Governo aprovou hoje à noite em Conselho de Ministros duas propostas de lei que definem o alargamento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais e a mobilidade especial.

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O Governo aprovou hoje à noite em Conselho de Ministros duas propostas de lei que definem o alargamento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais e a mobilidade especial.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), Santos Braz, foi peremptório: “em termos políticos, isto já não é um Governo, é um bando de bandidos”.

“São donos das pensões para as quais eles descontaram, são donos dos horários de trabalho que foram negociados (…).

Aquilo que vimos dizendo é que isto bateu no fundo. Já não é um Governo, é politicamente um grupo de bandidos. Não estou a ofendê-los individualmente, mas enquanto decisões políticas isto não tem nome”, criticou.

Na opinião do presidente do STAL, os atuais governantes “são politicamente intrujões” porque não houve “qualquer negociação”.

“Aquilo é um recado dos patrões económicos deles. Não respondem ao país, ao sentimento das pessoas, até à noção de humanidade que o nosso país tem. Esta gente é de uma agressividade, de uma coisa sem nome”, lamentou.

Na opinião de Santos Braz, aos trabalhadores “resta a luta mais forte, com todas as dificuldades”.

“É evidente que têm que ser os trabalhadores, com a sua luta, com as suas acções, de que o dia 27 será um momento alto, mas que até dia 27 vamos ter muitas acções de certeza porque isto é uma coisa sem nome, não tem qualificação”, observou.

A habitual reunião de quinta-feira do Conselho de Ministros foi suspensa hoje ao final da manhã devido a reuniões que estavam a decorrer no Ministério da Educação entre responsáveis governamentais e sindicatos de professores, tendo sido retomada às 20h.

A reunião teve lugar depois do fracasso das negociações entre o Governo e os sindicatos dos professores, que vão manter a greve às avaliações marcada para 7 a 14 de Junho e uma greve geral que se realiza no dia do primeiro exame nacional, no dia 17.