Soares alerta Cavaco para “perda de pacifismo” dos portugueses
Mário Soares, iniciou esta quinta-feira as hostilidades na Conferência “Libertar Portugal da Austeridade” com um aviso ao Presidente da República.
As referências a Cavaco Silva provocaram inúmeras vaias entre a assistência. E por mais de uma vez se ouviram vozes a chamar “palhaço” ao Presidente da República, enquanto Mário Soares acusava o chefe de Estado de fazer “tudo para proteger este Governo”. O Governo também foi alvo das vaias da assistência, que chegou a interromper algumas das intervenções ao gritar repetidamente pela “demissão” da equipa de Passos Coelho.
O discurso mais aplaudido foi, no entanto, o do reitor da Universidade de Lisboa, Sampaio da Nóvoa. “Já tudo foi dito, agora é preciso construir caminhos”, defendeu o académico. Que mais à frente defendeu de forma subtil a unidade da esquerda: “É só um encontro? Pois é , mas um encontro pode decidir uma vida. Podemos falar, podemos conversar e agir em conjunto”, afirmou perante os aplausos da assistência.
Houve entre os outros oradores, quem assumisse taxativamente o “desafio” que representava a preparação de um “governo de esquerda”: “O Bloco responde à chamada”, lançou a deputada Cecília Honório quando falava de “convergência” à esquerda.
Assumiu o “desafio” do “governo de esquerda”, para depois definir as “fronteiras”: “Não há alternativa com memorando e com austeridade”. “O que foi roubado terá de ser devolvido”, alertou, sendo a proposta recebida com os aplausos da assistência.
“Tudo o que foi roubado tem mesmo que ser devolvido”, repetiu o eurodeputado comunista João Ferreira quando definia as condições para se conseguir “um Governo capaz de concretizar” uma “alternativa política” de esquerda. Outras condições definidas foram a recuperação “dos instrumentos de soberania económica”, a “rejeição imediata do programa da troika”, e a renegociação, incluindo a recusa da componente “ilegítima da dívida”.
O socialista Ramos Preto foi mais comedido: “É imperioso mudar as políticas e, como o Governo se revela incapaz de o fazer, então há que mudar o Governo”, disse já depois de classificar a equipa de Passos Coelho como “um governo que actua com reserva mental e não pode ser levado a sério”. As eleições antecipadas foi a linha onde Ramos Preto parou. “Não tenhamos medo das eleições”, disse.
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As referências a Cavaco Silva provocaram inúmeras vaias entre a assistência. E por mais de uma vez se ouviram vozes a chamar “palhaço” ao Presidente da República, enquanto Mário Soares acusava o chefe de Estado de fazer “tudo para proteger este Governo”. O Governo também foi alvo das vaias da assistência, que chegou a interromper algumas das intervenções ao gritar repetidamente pela “demissão” da equipa de Passos Coelho.
O discurso mais aplaudido foi, no entanto, o do reitor da Universidade de Lisboa, Sampaio da Nóvoa. “Já tudo foi dito, agora é preciso construir caminhos”, defendeu o académico. Que mais à frente defendeu de forma subtil a unidade da esquerda: “É só um encontro? Pois é , mas um encontro pode decidir uma vida. Podemos falar, podemos conversar e agir em conjunto”, afirmou perante os aplausos da assistência.
Houve entre os outros oradores, quem assumisse taxativamente o “desafio” que representava a preparação de um “governo de esquerda”: “O Bloco responde à chamada”, lançou a deputada Cecília Honório quando falava de “convergência” à esquerda.
Assumiu o “desafio” do “governo de esquerda”, para depois definir as “fronteiras”: “Não há alternativa com memorando e com austeridade”. “O que foi roubado terá de ser devolvido”, alertou, sendo a proposta recebida com os aplausos da assistência.
“Tudo o que foi roubado tem mesmo que ser devolvido”, repetiu o eurodeputado comunista João Ferreira quando definia as condições para se conseguir “um Governo capaz de concretizar” uma “alternativa política” de esquerda. Outras condições definidas foram a recuperação “dos instrumentos de soberania económica”, a “rejeição imediata do programa da troika”, e a renegociação, incluindo a recusa da componente “ilegítima da dívida”.
O socialista Ramos Preto foi mais comedido: “É imperioso mudar as políticas e, como o Governo se revela incapaz de o fazer, então há que mudar o Governo”, disse já depois de classificar a equipa de Passos Coelho como “um governo que actua com reserva mental e não pode ser levado a sério”. As eleições antecipadas foi a linha onde Ramos Preto parou. “Não tenhamos medo das eleições”, disse.