PS diz que este Governo já só tem legitimidade “burocrática” e pisca o olho à esquerda

Carlos Zorrinho diz que socialistas ambicionam maioria absoluta, mas querem um Governo alargado à esquerda e à direita. PCP e BE dizem que não é possível.

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PS diz que tem uma alternativa para o país Daniel Rocha

“Este Governo já só tem legitimidade burocrática, já não tem legitimidade política”, disse Carlos Zorrinho durante o período de declarações políticas na Assembleia da República.

O socialista desenhou o cenário de um Governo de maioria que foi eleito democraticamente mas que estava impreparado para assumir funções. “Este Governo estava impreparado para as funções que lhe foram cometidas, com uma agenda ideológica flageladora, experimentalista, que usou os portugueses” , acusou o líder parlamentar do PS.

O deputado socialista confrontou ainda o país com duas soluções, uma que passa por eleições antecipadas, o que, disse, “pode conduzir a uma recuperação difícil, mas consolidada”, enquanto a outra hipótese é “o prosseguimento deste Governo nado-morto”.

“Temos uma alternativa e ambicionamos a maioria absoluta, uma alternativa que inclua todos os partidos da esquerda e da direita”, disse Zorrinho. E piscou o olho ao BE, ao questionar o líder parlamentar Pedro Filipe Soares sobre a disponibilidade dos bloquistas para integrar um futuro Governo no contexto europeu.

Na resposta, o deputado do BE lançou a ironia: “Aqueles que querem dançar independentemente do par da dança, é porque não têm grande interesse na música, tanto dá para a direita como dá para a esquerda. O PS pisca o olho às segundas, quartas e sextas à direita, e às terças, quintas e sábados à esquerda. Tem, depois, o domingo de folga para pensar como será a semana seguinte”.

Bernardino Soares, líder parlamentar do PCP, também criticou o PS, afirmando que a proposta de Zorrinho de um Governo alargado à direita e à esquerda não é admissível: “Isso não é possível, ou se faz uma política de esquerda ou se faz uma política de direita”. Ou então, acusou, faz-se como faz o PS, “quando está na oposição, faz um discurso à esquerda e acordos à direita”.
 
 
 
 
 

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“Este Governo já só tem legitimidade burocrática, já não tem legitimidade política”, disse Carlos Zorrinho durante o período de declarações políticas na Assembleia da República.

O socialista desenhou o cenário de um Governo de maioria que foi eleito democraticamente mas que estava impreparado para assumir funções. “Este Governo estava impreparado para as funções que lhe foram cometidas, com uma agenda ideológica flageladora, experimentalista, que usou os portugueses” , acusou o líder parlamentar do PS.

O deputado socialista confrontou ainda o país com duas soluções, uma que passa por eleições antecipadas, o que, disse, “pode conduzir a uma recuperação difícil, mas consolidada”, enquanto a outra hipótese é “o prosseguimento deste Governo nado-morto”.

“Temos uma alternativa e ambicionamos a maioria absoluta, uma alternativa que inclua todos os partidos da esquerda e da direita”, disse Zorrinho. E piscou o olho ao BE, ao questionar o líder parlamentar Pedro Filipe Soares sobre a disponibilidade dos bloquistas para integrar um futuro Governo no contexto europeu.

Na resposta, o deputado do BE lançou a ironia: “Aqueles que querem dançar independentemente do par da dança, é porque não têm grande interesse na música, tanto dá para a direita como dá para a esquerda. O PS pisca o olho às segundas, quartas e sextas à direita, e às terças, quintas e sábados à esquerda. Tem, depois, o domingo de folga para pensar como será a semana seguinte”.

Bernardino Soares, líder parlamentar do PCP, também criticou o PS, afirmando que a proposta de Zorrinho de um Governo alargado à direita e à esquerda não é admissível: “Isso não é possível, ou se faz uma política de esquerda ou se faz uma política de direita”. Ou então, acusou, faz-se como faz o PS, “quando está na oposição, faz um discurso à esquerda e acordos à direita”.