Vítor Gaspar pede "simpatia pelas difíceis semanas" que tem vivido "como adepto do Benfica"
Gaspar evoca derrotas do Benfica na Câmara de Comércio e Indústria Lusa-Espanhola.
Vítor Gaspar falava no almoço de empresários organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Lusa-Espanhola, onde foram atribuídos os prémios de melhor gestor espanhol ao presidente do BBVA, António Charro, e de melhor empresário português ao presidente executivo da Sonae, Paulo Azevedo, relativos ao período 2011-2012.
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Vítor Gaspar falava no almoço de empresários organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Lusa-Espanhola, onde foram atribuídos os prémios de melhor gestor espanhol ao presidente do BBVA, António Charro, e de melhor empresário português ao presidente executivo da Sonae, Paulo Azevedo, relativos ao período 2011-2012.
O ministro, que fez uma introdução descontraída, pedindo "simpatia pelas difíceis semanas" que tem vivido "como adepto do Benfica", sublinhou que iria fazer um discurso breve, nomeadamente porque vinha de uma sessão de mais de três horas na Assembleia da República.
Lembrou que a sétima avaliação "foi concluída com sucesso em termos de acordo" entre Portugal e a 'troika', composta pela Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE).
A formalização "está neste momento a aguardar a decisão e a reunião" do conselho de administração do FMI e do Eurogrupo, no Luxemburgo, no dia 20 de Junho.
"Mas não existem grandes dúvidas de que esse exercício não passa de uma formalidade muito importante que abre a porta para uma decisão favorável para o prolongamento das maturidades dos empréstimos oficiais europeus e esse resultado é, por sua vez, crucial para a nossa estratégia de financiamento do IGCP no mercado dos valores do Tesouro", disse o ministro.
Vítor Gaspar reiterou que "este é o momento do investimento", sublinhando que a melhoria das condições de financiamento "é importante para economia portuguesa, para as empresas", para Portugal como destino competitivo, para a criação de emprego, de investimento.
"É por isso importante assegurar o financiamento regular da economia portuguesa, é por isso que a estabilidade financeira é imprescindível, mas não é suficiente", afirmou.
Vítor Gaspar classificou de "pilar decisivo" nesta fase o plano de crescimento, emprego e fomento industrial que foi apresentado há algumas semanas pelo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira.
"Precisamos de passar da fase de estabilização financeira e consolidação orçamental como prioridades absolutas para uma fase de recuperação económica, de investimento".
Apontou o crédito fiscal extraordinário como uma das medidas catalisadoras para incentivar o investimento e destacou a inovação o empreendedorismo como uma aposta a seguir para tornar o país competitivo e capaz de captar investimento externo.