Noutro País + Fragmentos de uma Observação Participativa
Do encontro entre a actriz francesa Isabelle Huppert e o cineasta coreano Hong Sang-soo, felizmente, não sai um daqueles compromissos insossos a meio gás que tantas vezes se esperam de encontros entre actrizes de primeira grandeza e autores de culto. Antes pelo contrário: Huppert entrosa-se com o cinema leve e caseirinho de Hong como se sempre tivesse feito parte dele - o que não é forçosamente uma surpresa porque o coreano, espécie de Woody Allen asiático que faz um filme por ano (pelo menos), é moço dado a flâneries muito francófonas. Nem de propósito, Noutro País conjuga a evocação rohmeriana habitual no cineasta com uma abordagem resnaisiana (o filme conta três histórias que podiam ser variações sobre uma mesma, tipo Fumar/Não Fumar, em tom de comédia de enganos melancólica), e está mais próximo do que é verdadeiramente interessante em Hong do que a sua anterior estreia entre nós, o chatinho Noite e Dia.
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Do encontro entre a actriz francesa Isabelle Huppert e o cineasta coreano Hong Sang-soo, felizmente, não sai um daqueles compromissos insossos a meio gás que tantas vezes se esperam de encontros entre actrizes de primeira grandeza e autores de culto. Antes pelo contrário: Huppert entrosa-se com o cinema leve e caseirinho de Hong como se sempre tivesse feito parte dele - o que não é forçosamente uma surpresa porque o coreano, espécie de Woody Allen asiático que faz um filme por ano (pelo menos), é moço dado a flâneries muito francófonas. Nem de propósito, Noutro País conjuga a evocação rohmeriana habitual no cineasta com uma abordagem resnaisiana (o filme conta três histórias que podiam ser variações sobre uma mesma, tipo Fumar/Não Fumar, em tom de comédia de enganos melancólica), e está mais próximo do que é verdadeiramente interessante em Hong do que a sua anterior estreia entre nós, o chatinho Noite e Dia.