Quinze razões para ir ao Optimus Primavera Sound
É impossível ver tudo no Optimus Primavera Sound. Eis quinze bandas (cinco por dia) que não podes perder
Não anda fácil a chegada definitiva da Primavera a Portugal. Felizmente, sabemos que ao Porto, a estação mais florida do ano chega no fim de Maio com o festival Optimus Primavera Sound. Três dias de música e mais de 50 bandas invadem a Invicta e fazem vibrar os palcos do Parque da Cidade naquela que vai ser a segunda edição do evento em Portugal. Mais vale reconhecer que é bastante difícil — vá, é impossível — ver tudo, por isso parece-me uma boa táctica decidir pelo menos cinco bandas por dia a não perder.
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Não anda fácil a chegada definitiva da Primavera a Portugal. Felizmente, sabemos que ao Porto, a estação mais florida do ano chega no fim de Maio com o festival Optimus Primavera Sound. Três dias de música e mais de 50 bandas invadem a Invicta e fazem vibrar os palcos do Parque da Cidade naquela que vai ser a segunda edição do evento em Portugal. Mais vale reconhecer que é bastante difícil — vá, é impossível — ver tudo, por isso parece-me uma boa táctica decidir pelo menos cinco bandas por dia a não perder.
Quinta-feira: os jovens e os antigos
O primeiro dia de festival, que acontece no dia 30 de Maio, quinta-feira, é talvez o que menos complica as escolhas — são só oito bandas e por isso eleger cinco é deixar poucas de fora. Se, por um lado, o incontornável James Blake fazia por si só a noite, podemos-lhe juntar aquele que já foi apelidado d’o “último clássico do rock n’ roll” — o australiano Nick Cave junta-se à sua banda principal, The Bad Seeds, para um concerto com um cheirinho de 30 anos de carreira. Wild Nothing, o projecto indie rock do americano Jack Tatum, também vai para o top 5, juntamente com os seus conterrâneos Deerhunter, na onda do noise rock, que este ano apresentam o seu sexto álbum de estúdio. De Espanha, supostamente, nem bons ventos nem bons casamentos, mas parece que bom blues rock: os Guadalupe Plata chegam directamente de Andaluzia e deve ser uma boa experiência assistir ao trio em palco.
Sexta-feira: "Whohoo" com Blur
Para todos os que só podem chegar ao Parque da Cidade no fim do dia de sexta-feira porque quinta-feira à noite é mais uma véspera de trabalho, não desesperem. “Ontem” terá sido bom mas hoje também não há-de desiludir. Entre outros, os “a não perder”: logo às cinco da tarde, e a representar a produção nacional, a banda portuguesa de Barcelos Dear Telephone seduz os festivaleiros que optem por chegar mais cedo ao recinto. Escusado será dizer que Blur é uma das bandas obrigatórias de dia 31 — quem não vai querer cantar “Whoohoo! When I feel heavy metal Whoohoo!”? Tem de ser. A banda norte-americana Local Natives também está no (meu) top 5. Lançaram no início do ano um novo álbum muito bem recebido pela crítica, e sons de grande qualidade como “You & I” e “Heavy Feet” devem soar ainda melhor ao vivo do que em "headphones". Também do continente americano, mais precisamente de Brooklyn, os Grizzly Bear actuam às 22h50 e deverão trazer muitas das músicas do seu mais recente álbum, "Shields", considerado por muitos o mais bem conseguido da banda. Para variar de onda, já às 00h15m, vai ser possível abanar a cabeça ao ritmo de Four Tet, o projecto electrónico do britânico Kieran Hebden.
Sábado: o rock de cá e a electrónica de lá
O ideal é ouvir PAUS antes do jantar — a banda de rock portuguesa toca às 20h00 e é difícil não gastar calorias a ouvi-los. Depois é alimentar o estômago e marcar encontro com a electrónica e o folk, no Palco Pitchfork às 22h20m, no concerto de Daughn Gibson, cantor e compositor de Pensilvânia. Vale seguramente a pena. No mesmo palco, estarão logo a seguir os recentíssimos Savages — quatro elementos femininos a mostrar um punk rock que faz lembrar Joy Division. Mais duas bandas para não deixar de ouvir no sábado? Os canadianos Fucked Up — para quem gosta de hardcore punk — e o fantástico Dan Deacon (nascido em West Baylon, Nova Iorque) que, dentro do mundo da electrónica, é um artista altamente original.
Estas são só 15 boas razões para acabar o fim de Maio no Porto. No cartaz descobrem-se muito mais. E, claro, mesmo que esteja a chover... vai ser Primavera.