Empresários reclamam devolução de iate oferecido ao rei de Espanha
Ao fim de 13 anos, a Casa Real decidiu prescindir da embarcação de luxo para o estado espanhol.
A embarcação de luxo – 41,5 metros de comprimento e que o El País refere como um dos mais velozes do mundo – custou em 2000 o equivalente a 21 milhões de euros e foi oferecido através da fundação para o turismo e cultura de Baleares (Fundatur), criada para o efeito pelo Governo das Ilhas Baleares e pelos empresários, maioritariamente hoteleiros e pessoas ligadas ao sector bancário.
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A embarcação de luxo – 41,5 metros de comprimento e que o El País refere como um dos mais velozes do mundo – custou em 2000 o equivalente a 21 milhões de euros e foi oferecido através da fundação para o turismo e cultura de Baleares (Fundatur), criada para o efeito pelo Governo das Ilhas Baleares e pelos empresários, maioritariamente hoteleiros e pessoas ligadas ao sector bancário.
Com Espanha em plena crise económica, a Juan Carlos pediu ao Património Nacional para desafectar o iate a este organismo público, responsável pela gestão dos bens da família real. Segundo aquele jornal espanhol, a informação chegou ao conhecimento da Fundatur pouco antes de ser tornada pública pela Casa Real, levando os empresários a convocarem uma assembleia extraordinária para discutir o caso.
Por unanimidade, decidiram pedir a devolução do Fortuna “aos activos da Fundação”, explicando o porquê numa carta dirigida nesta segunda-feira ao conselho de administração do Património Nacional.
Numa curta missiva, Carmen Matutes, presidente da Fundatur, sustenta que “a doação efectuada pela Fundação a favor do Património Nacional” estabelecia que “a decisão de doar a embarcação era para o usufruto “de S.M. [Sua Majestade] o Rei e os membros da Família Real’”.
Segundo o jornal El Mundo, caberá agora ao Conselho de Ministros formalizar o destino do Fortuna – o terceiro iate da Família Real com este nome –, tendo a administração do Património Nacional já aprovado a desafectação do iate.