Recuo de 52% leva lucros da PT para 26,7 milhões de euros
Queda nos negócios internacionais e no segmento de empresas pressiona queda nos lucros da operadora de telecomunicações.
De acordo com os resultados publicados nesta quinta-feira pela PT, as receitas recuaram 9,5% na comparação homóloga, baixando em 163 milhões de euros, para 1553 milhões de euros.
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De acordo com os resultados publicados nesta quinta-feira pela PT, as receitas recuaram 9,5% na comparação homóloga, baixando em 163 milhões de euros, para 1553 milhões de euros.
No mercado português, a quebra foi de 6,8%, com as receitas a recuarem para 634,4 milhões de euros, seja nos serviços a prestadores, seja nos segmentos de empresas e pessoal. Mas o recuo nos lucros é também explicado pela PT com a descida de receitas no mercado externo – os activos internacionais representaram 58,7% do total de receitas – e com impacto da desvalorização do real brasileiro face ao euro.
No entanto, diz a operadora liderada por Zeinal Bava, estes efeitos “foram parcialmente compensados por uma maior contribuição da Oi”.
Ainda assim, as receitas da da operadora brasileira caíram 8,2%, baixando para o equivalente a 724 milhões de euros, quando no primeiro trimestre de 2012 chegaram a 788,4 milhões. Segundo a PT, a descida principalmente o impacto da desvalorização do real brasileiro face à moeda única.E
Em Portugal, no segmento onde a PT vai buscar mais receitas (as empresas), as receitas baixaram 10,5% (para 202,2 milhões de euros). A diminuição é explicada pela operadora com as “estratégias de forte corte de custos implementadas pelas grandes empresas e pelas PME”, diminuindo o consumo e aumentando a “pressão nos preços”.
Segundo a PT, estes efeitos foram compensados, em parte, pelo aumento de receitas no segmento residencial (nas receitas de TV por subscrição e banda larga, graças ao aumento de quota de mercado de clientes triple-play – TV, Internet fixa e telefone fixo – do Meo).
Já os custos operacionais do grupo PT caíram 10,3%, baixando para 1026,30 milhões de euros com uma descida nas despesas com pessoal, nos custos de directos dos serviços prestados e nos custos comerciais.
Na Bolsa de Lisboa, que ao início da manhã negoceia em terreno negativo, a cotação da PT abriu no “vermelho”, mas inverteu entretanto a tendência. Por volta das 11h10, as acções da operadora de telecomunicações subiam 0,085%, valendo 3,528 euros cada.