Seguro defende acordo de concertação social mundial e fim de offshores
António José Seguro fez estas duas “propostas concretas”, como lhes chamou, durante a sua intervenção na conferência da Aliança Progressista, uma nova estrutura fundada hoje e que pretende funcionar como complemento à Internacional Socialista.
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António José Seguro fez estas duas “propostas concretas”, como lhes chamou, durante a sua intervenção na conferência da Aliança Progressista, uma nova estrutura fundada hoje e que pretende funcionar como complemento à Internacional Socialista.
À margem do evento, o secretário-geral do PS disse aos jornalistas que o fim dos paraísos fiscais (offshores) é “fundamental”, argumentando que “não tem sentido que pessoas que não criam riqueza absolutamente nenhuma e que apenas ficam ricos por fazerem especulação em função dos mercados financeiros não paguem um único cêntimo, quando quem produz - quer sejam os empresários, quer sejam os trabalhadores - paga euros e dólares valentes em impostos”.
Seguro afirmou que, segundo dados a que teve acesso, por ano, saem da Europa para offshores o equivalente a “cerca sete anos de orçamentos da União Europeia”.
A segunda proposta do secretário-geral do PS consiste em apoiar uma ideia que visa fazer um acordo de concertação social a nível mundial, entre as multinacionais e os trabalhadores, “de modo a introduzir mais regulação”, para que “regras essenciais e direitos sociais possam ser concretizados”.
O secretário-geral do PS iniciou hoje uma visita de dois dias a Leipzig para participar nas comemorações dos 150 anos dos sociais-democratas germânicos e apoiar a candidatura a chanceler de Peer Steinbrück.
Esta é a segunda deslocação de António José Seguro à Alemanha desde que foi eleito secretário-geral do PS, em 2011.