Portugal precisa de investimento como de “pão para a boca”, diz Mira Amaral

Para o presidente do banco BIC Portugal, uma reforma fiscal a favor do investimento deve englobar os partidos do arco da governação e os parceiros sociais.

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O ex-ministro da Indústria apela a um consenso sobre um quadro fiscal estável Rui Gaudêncio

“O país está numa situação dramática há bastantes anos, pois temos o investimento a cair, e um país não sobrevive se não retomar o investimento e nós precisamos de investimento nacional, que não chega, e estrangeiro como de pão para a boca”, disse à Lusa o antigo ministro da Indústria português, em Lisboa. Mira Amaral falava à margem do seminário IDE em Portugal, que decorre no Centro de Congressos de Lisboa e que foi organizado pelo Fórum para a Competitividade.

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“O país está numa situação dramática há bastantes anos, pois temos o investimento a cair, e um país não sobrevive se não retomar o investimento e nós precisamos de investimento nacional, que não chega, e estrangeiro como de pão para a boca”, disse à Lusa o antigo ministro da Indústria português, em Lisboa. Mira Amaral falava à margem do seminário IDE em Portugal, que decorre no Centro de Congressos de Lisboa e que foi organizado pelo Fórum para a Competitividade.

O economista explicou que Portugal chegou a ter “muito investimento estrangeiro [alemão e norte-americano], mas que, com a queda do muro de Berlim, o investimento germânico sedesviou para o Leste europeu”. Em seguida, com a abertura à China, o investimento dos Estados Unidos foi para este país asiático e agora “nós precisamos de criar as condições” para captar o investimento alemão e norte-americano, mas também dos países emergentes (Índia, China e Angola), sublinhou. Mas, para haver investimento produtivo, Portugal tem de ter “um quadro fiscal estável”, disse à Lusa o economista.

Mira Amaral defendeu também que qualquer “reforma fiscal estável” tem de “englobar os partidos que suportam o Governo liderado por Passos Coelho (PSD e PP), bem como o PS e os parceiros sociais”. “É, pois, preciso que o Governo e os partidos se entendam para que haja um quadro fiscal estável no país”, concluiu.