Eduardo Catroga propõe nova fórmula de cálculo das pensões

O economista diz, em entrevista à Rádio Renascença, que o Governo falhou no corte permanente da despesa.

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Eduardo Catroga diz que governo falhou no corte permanente da despesa. Enric Vives-Rubio

O economista, que representou o PSD na negociação do memorando da troika, propõe uma solução de "capitalização virtual", que passaria por calcular os descontos efectuados ao longo da carreira contributiva pelo trabalhador e pela empresa.<_o3a_p>

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O economista, que representou o PSD na negociação do memorando da troika, propõe uma solução de "capitalização virtual", que passaria por calcular os descontos efectuados ao longo da carreira contributiva pelo trabalhador e pela empresa.<_o3a_p>

Segundo explicou, a “solução mais justa” passa por distribuir o dinheiro disponível consoante a carreira contributiva de cada um, dando prioridade às pensões sociais. “Tudo o resto era distribuído em função da permilagem a que cada um tinha direito", ou seja, das contribuições feitas ao longo da vida.  

Eduardo Catroga concorda ainda que se aplique a medida retroactivamente, mas de forma excepcional, tendo em conta este caso em particular.<_o3a_p>

O antigo ministro das Finanças defendeu ainda que os depósitos acima de 100 mil euros devem assumir os riscos e as perdas, em caso de falência dos bancos, e que esse esforço não deve ser pedido aos contribuintes. <_o3a_p>

Na entrevista à Renascença, o economista disse ainda que o Governo falhou por não ter efectuado cortes permanentes na despesa. “Ainda não foram feitos cortes permanentes e aí foi uma falha do Governo”, criticou.<_o3a_p>

“O Governo não foi hábil politicamente nem a fazer a pedagogia do ponto de partida e do esforço brutal que ia ser pedido aos portugueses”, acrescentou<_o3a_p>

Catroga considerou ainda que o CDS tem sido “caprichoso”, por colocar os interesses partidários acima do interesse nacional.<_o3a_p>