Crato diz que ainda “nada é verdade” sobre mobilidade de professores
Ministro da Educação rebate críticas da Fenprof e diz que o tempo é de negociar.
À margem de uma visita a Castelo Branco, o governante reagiu à denúncia feita pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) de que os docentes que ficarem na mobilidade especial vão passar a receber, já em Setembro, entre 33% a 53% menos do ordenado actual.
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À margem de uma visita a Castelo Branco, o governante reagiu à denúncia feita pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) de que os docentes que ficarem na mobilidade especial vão passar a receber, já em Setembro, entre 33% a 53% menos do ordenado actual.
"Nada é verdade: estamos neste momento a discutir uma proposta de base, que é a proposta geral da função pública, que vamos ver, com os sindicatos de professores, como se pode adaptar ao caso concreto da Educação", referiu Nuno Crato.
Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, considerou "uma vergonha" a proposta de plano de mobilidade especial que o Ministério da Educação e Ciência (MEC) entregou na noite de segunda-feira.
Confrontado com as críticas, o ministro sublinhou que "é muito cedo para falar". "Imaginamos que alguns sindicatos possam não estar de acordo" com aspectos da proposta, pelo que se segue um "processo de negociação", referiu à margem da inauguração, na Escola Superior Agrária do Politécnico de Castelo Branco, de um Centro de Investigação em Zoonoses para tratamentos veterinários, estudos epidemiológicos e para acompanhar animais suspeitos de doença.
Mobilidade para todos
Também o Ministério da Educação e Ciência (MEC) esclareceu hoje que proposta relativa à mobilidade especial para os funcionários públicos, também aplicável aos professores, é extensível a todos os professores dos quadros do ministério, abrangendo os de agrupamento, de escola e de zona pedagógica.
O esclarecimento surge depois de o secretário-geral da Fenprof ter afirmado hoje que a proposta entregue pelo ministério aos sindicatos não contempla, por exemplo, os professores dos Quadros de Zona Pedagógica (QZP).
A proposta começa a ser discutida na quinta-feira, numa reunião que juntará sindicatos de professores e os secretários de Estado João Casanova de Almeida e Hélder Rosalino, responsáveis, respectivamente, pelas pastas da Administração Escolar e da Administração Pública.