Violência sectária no Iraque fez 130 mortos em quatro dias
Polícia da força antiterrorista morto com a família enquanto dormia, no incidente mais macabro de um dia que voltou a ser sangrento
O episódio mais macabro deste sábado ocorreu ainda de madrugada, quando um grupo de homens invadiu a casa de um oficial das forças antiterrorismo, matando-o a ele, à mulher e aos dois filhos menores enquanto dormiam, conta o jornal Guardian, adiantando que o grupo matou ainda um outro agente que os mandou parar num posto de controlo vizinho.
A Reuters conta ainda que quatro membros das milícias sunitas pró-governamentais foram mortos nos arredores de Falluja (Oeste) durante um ataque contra um quartel daquela força criada por iniciativa dos militares americanos para combater os grupos próximos da Al-Qaeda. Na mesma região, oito polícias foram sequestrados quando patrulhavam a principal auto-estrada que liga o Iraque à Jordânia e, nos arredores de Bagdad, a explosão de um carro armadilhado fez pelo menos cinco mortos.
Incidentes que acontecem um dia depois de 76 pessoas terem morrido numa vaga de atentados contra zonas sunitas de Bagdad e arredores, naquele que foi o dia mais sangrento no Iraque em oito meses. O ataque mais mortal ocorreu em Baquba, bastião sunita a noroeste de Bagdad. Uma primeira explosão surpreendeu os fiéis que saiam da principal mesquita da cidade e, quando outras pessoas acorriam ao local para socorrer os feridos, um segundo engenho foi accionado. Pelo menos 41 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas.
Ninguém reivindicou os ataques, mas o facto de acontecerem em zonas de maioria sunita indicia que poderão ser uma retaliação pelos atentados levados a cabo por grupos próximos da Al-Qaeda em zonas de maioria xiita.
Acções que recordam os piores dias da violência sectária que, entre 2005 e 2007 colocou o Iraque à beira da guerra civil. Na altura, uma média de 3000 pessoas morriam todos os meses no país, um número muito distante do registado desde então, mas em Abril passado a ONU registou mais de 700 mortos, o balanço mais pesado em cinco anos. O Governo, dominado pela maioria xiita, atribuiu os incidentes a radicais sunitas interessados na desestabilização do país e a minoria sunita mantém protestos semanais contra a discriminação de que diz estar a ser alvo.
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O episódio mais macabro deste sábado ocorreu ainda de madrugada, quando um grupo de homens invadiu a casa de um oficial das forças antiterrorismo, matando-o a ele, à mulher e aos dois filhos menores enquanto dormiam, conta o jornal Guardian, adiantando que o grupo matou ainda um outro agente que os mandou parar num posto de controlo vizinho.
A Reuters conta ainda que quatro membros das milícias sunitas pró-governamentais foram mortos nos arredores de Falluja (Oeste) durante um ataque contra um quartel daquela força criada por iniciativa dos militares americanos para combater os grupos próximos da Al-Qaeda. Na mesma região, oito polícias foram sequestrados quando patrulhavam a principal auto-estrada que liga o Iraque à Jordânia e, nos arredores de Bagdad, a explosão de um carro armadilhado fez pelo menos cinco mortos.
Incidentes que acontecem um dia depois de 76 pessoas terem morrido numa vaga de atentados contra zonas sunitas de Bagdad e arredores, naquele que foi o dia mais sangrento no Iraque em oito meses. O ataque mais mortal ocorreu em Baquba, bastião sunita a noroeste de Bagdad. Uma primeira explosão surpreendeu os fiéis que saiam da principal mesquita da cidade e, quando outras pessoas acorriam ao local para socorrer os feridos, um segundo engenho foi accionado. Pelo menos 41 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas.
Ninguém reivindicou os ataques, mas o facto de acontecerem em zonas de maioria sunita indicia que poderão ser uma retaliação pelos atentados levados a cabo por grupos próximos da Al-Qaeda em zonas de maioria xiita.
Acções que recordam os piores dias da violência sectária que, entre 2005 e 2007 colocou o Iraque à beira da guerra civil. Na altura, uma média de 3000 pessoas morriam todos os meses no país, um número muito distante do registado desde então, mas em Abril passado a ONU registou mais de 700 mortos, o balanço mais pesado em cinco anos. O Governo, dominado pela maioria xiita, atribuiu os incidentes a radicais sunitas interessados na desestabilização do país e a minoria sunita mantém protestos semanais contra a discriminação de que diz estar a ser alvo.