Caso Maddie: inquérito mantém-se arquivado apesar de haver lista de suspeitos
PJ não comenta declarações de detective britânico que afirma que foram identificadas várias pessoas de interesse no desaparecimento da criança.
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O director do comando incitou ainda as autoridades portuguesas a reabrirem o caso, de forma a darem seguimento às pistas identificadas nesta revisão britânica. “Com esperança, os portugueses vão seguir algumas destas oportunidades de investigação com a nossa assistência. Há espaço para mais trabalho e colaboração para resolver o caso”, conclui.
Contactada pelo PÚBLICO, a Direcção Nacional da Polícia Judiciária (PJ) afirma não ter nada a acrescentar às declarações do detective britânico. Refere apenas que mantém em funcionamento uma equipa de trabalho, que funciona na Directoria do Norte da PJ, no Porto, que está a fazer a reanálise das provas obtidas no âmbito deste inquérito.
A fonte da direcção nacional adianta que o processo se mantém arquivado desde 2008, altura em que foi encerrado, o que significa que esta equipa de trabalho nunca realizou qualquer diligência no terreno, como interrogatórios judiciais ou buscas, o que só seria possível se o processo fosse reaberto.
Esta equipa surgiu em 2011, no seguimento de um apelo feito pelos McCann ao qual o primeiro-ministro britânico, David Cameron, acedeu, autorizando uma revisão do caso pelas autoridades britânicas. O processo foi então entregue a uma equipa de 30 detectives da Scotland Yard, que já esteve em Portugal em, pelo menos, dez ocasiões para colaborar com as autoridades nacionais, num inquérito que custou aos ingleses, até à data, mais de dois milhões de libras (2,3 milhões de euros).
Durante o ano passado, depois de examinado o material do processo, Andy Redwood, detective-chefe inspector desta equipa, afirmou terem sido identificadas 195 potenciais pistas para o caso.
Madeleine McCann, na altura com quatro anos, desapareceu de um apartamento na Praia da Luz onde, em 2007, passava férias com os pais e com os irmãos. O caso foi investigado pelas autoridades portuguesas, tendo sido arquivado pelo Ministério Público em 2008, por falta de provas.