EUA, Irão e Rússia lutam para salvar a luta greco-romana

A Grand Central Station em Nova Iorque transformou-se numa arena que recebeu lutadores de luta greco-romana do Irão, Estados Unidos da América e Rússia. Porque para lá da política, há o desporto.

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A comissão executiva do Comité Olímpico Internacional (COI) recomendou em Fevereiro a retirada da luta greco-romana do programa olímpico permanente. Uma medida que, a ser aprovada, só vai vigorar em 2020. A decisão apanhou clubes, federações e ligas da luta greco-romana de surpresa. Numa tentativa para travar a decisão final de excluir a modalidade dos Jogos Olímpicos, a Federação Internacional decidiu juntar Irão, Estados Unidos e Rússia num evento que alertasse para a importância do desporto  A união não é, no entanto, inédita. Atletas norte-americanos e iranianos estão habituados a deslocar-se ao país “rival” para participarem em competições. Jordan Burroughs, lutador norte-americano medalhado, até já foi cumprimentado pelo Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

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A comissão executiva do Comité Olímpico Internacional (COI) recomendou em Fevereiro a retirada da luta greco-romana do programa olímpico permanente. Uma medida que, a ser aprovada, só vai vigorar em 2020. A decisão apanhou clubes, federações e ligas da luta greco-romana de surpresa. Numa tentativa para travar a decisão final de excluir a modalidade dos Jogos Olímpicos, a Federação Internacional decidiu juntar Irão, Estados Unidos e Rússia num evento que alertasse para a importância do desporto  A união não é, no entanto, inédita. Atletas norte-americanos e iranianos estão habituados a deslocar-se ao país “rival” para participarem em competições. Jordan Burroughs, lutador norte-americano medalhado, até já foi cumprimentado pelo Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

Para garantir a permanência da luta greco-romana nos Jogos Olímpicos, lutadores dos três países estiveram numa conferência de imprensa esta terça-feira nas Nações Unidas, em Nova Iorque, antes de sob o lema Keep Olympic Wrestling (Mantenham a Luta Olímpica) se lançarem na luta na estação mais famosa da cidade.

Com mais de 700 pessoas a assistir e segurança apertada, os atletas dos três países encheram o Vanderbilt Hall da  Grand Central Station para o evento Rumble on the Rails que se realiza desde 2010 para angariar dinheiro que permita fazer chegar a luta greco-romana a centenas de crianças nova-iorquinas. Este ano o espectáculo ganhou uma nova missão: salvar a modalidade.

Modalidade em vias de extinção?
Para tentar salvar a luta greco-romana, o Comité Olímpico Internacional (COI) recomendou mesmo algumas mudanças nas regras de modo a simplificar a modalidade e atrair mais adeptos.

Em Fevereiro, o director de comunicação do COI, Mark Adams, apresentou a recomendação dizendo que a decisão  não era “sobre haver alguma coisa de errado com a luta greco-romana” mas sobre o que era melhor para os Jogos Olímpicos. O programa olímpico passa assim a ter 25 modalidades a partir de 2020.

Actualmente fazem parte do programa a natação, canoagem, ciclismo, hipismo, ginástica, voleibol, luta, atletismo, andebol, tiro com arco, badminton, basquetebol, pugilismo, esgrima, futebol, hóquei em campo, judo, pentatlo moderno, remo, vela, tiro, ténis, ténis de mesa, taekwondo, triatlo e halterofilismo.

A luta greco-romana, incluída na primeira edição moderna das olimpíadas em 1896, disputa agora um lugar no programa olímpico com outros sete desportos. Uma sessão do COI que deve ocorrer em Buenos Aires em Setembro vai ditar a decisão final.