Morreu Henrique Rosa, ex-Presidente de transição da Guiné-Bissau

Empresário liderou o país africano entre 2003 e 2005. Nas eleições de 2009 obteve quase um quarto dos votos.

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Henrique Rosa nas eleições de 2009 AFP

Nascido em Bafatá, Leste da Guiné-Bissau, a 18 de Janeiro de 1946, Henrique Rosa, empresário, com ligações à Igreja Católica, entrou para a política activa em 2003 como Presidente de transição, depois de o Presidente eleito, Kumba Ialá, ter sido derrubado num golpe militar.

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Nascido em Bafatá, Leste da Guiné-Bissau, a 18 de Janeiro de 1946, Henrique Rosa, empresário, com ligações à Igreja Católica, entrou para a política activa em 2003 como Presidente de transição, depois de o Presidente eleito, Kumba Ialá, ter sido derrubado num golpe militar.

Rosa conduziu o país até às eleições presidenciais de Julho de 2005, que deram o poder a João Bernardo “Nino” Vieira, mais tarde assassinado.

Concorreu às eleições presidenciais antecipadas de 2009 como independente e voltou a concorrer em 2012, num escrutínio do qual só se realizou a primeira volta devido a mais um golpe de Estado, a 12 de Abril do ano passado.

Filho de pai português e de mãe guineense, Henrique Rosa deixou boa imagem como Presidente de transição e conseguiu em 2009 quase um quarto dos votos, 24,19%, e resultados expressivos em Bissau. Na primeira volta das presidenciais de Março de 2012 não foi além de 5% de votos.

Foi um dos cinco candidatos que exigiram a “nulidade” da votação da primeira volta e qualificaram o processo eleitoral como “fraudulento”. Poucos dias depois, um golpe de Estado interrompeu o processo eleitoral e afastou o Governo do primeiro-ministro e também candidato presidencial Carlos Gomes Júnior e do Presidente interino, Raimundo Pereira.

O corpo do antigo dirigente guineense deve chegar no fim-de-semana a Bissau para as cerimónias fúnebres.