Ministro da Economia angolano tenciona criar 300.000 novos postos de trabalho
A estratégia de Abrahão Gourgel passa pelo apoio a novas empresas, medidas proteccionistas e privatizações.
Gourgel quer “promover as exportações e aumentar o empreendedorismo” e “melhorar a taxa de emprego, diversificar a economia e aumentar a produção nacional”.
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Gourgel quer “promover as exportações e aumentar o empreendedorismo” e “melhorar a taxa de emprego, diversificar a economia e aumentar a produção nacional”.
Para cumprir os objectivos traçados, Angola está a tentar apoiar as pequenas e médias empresas, de modo a tirar o protagonismo do sector do petróleo, que actualmente, segundo dados do Fundo Monetário Internacional, representa 40% da produção nacional e vale 70% da receita do executivo. O país quer então criar 9 mil empresas, de modo a aumentar o seu tecido empresarial.
O apoio às PME será acolchoado por medidas proteccionistas, cujo objectivo será proteger a indústria angolana. Na mesma entrevista à Bloomberg, o ministro angolano anuncia que irá aumentar as tarifas aduaneiras de 30% para 50% ainda neste ano. Assim, bens como a cerveja, água, refrigerantes e produtos agrícolas deverão ver o imposto aumentar. Segundo a Bloomberg, o objectivo destas tarifas alfandegárias não é aumentar as receitas tributárias (que foram de 2600 milhões de euros), mas proteger as fronteiras do país.
Juntamente com as medidas para aumentar o emprego, Abrahão Gourgel afirma que o Estado pretende reduzir os seus custos, recorrendo à privatização de empresas estatais. “A nova estratégia é vender as empresas não-estratégicas, reduzir os custos e o número de subsídios no executivo”, diz o ministro.
Entre as empresas que serão privatizadas estão a construtora Bricomil, detida pela Sonangol, dois bancos governamentais e a seguradora nacional Ensa – Seguros de Angola. Fora desta lista estão empresas de “indústrias-chave”, como as do sector petrolífero, e empresas que necessitam de um grande investimento inicial, como é o caso da indústria mineira.