João Semedo diz que Passos convidou Portas a sair do Governo

Heloísa Apolónia, do PEV, diz que não há entendimento possível com o Executivo.

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O objectivo de ter uma moção única em Novembro parece cada vez mais longe Manuel Roberto

"O primeiro-ministro anunciou no Parlamento que estava disposto a cortar nas reformas e a tributar as pensões. Isto significa que convidou o CDS a sair do Governo, a não ser que o ministro Paulo Portas tenha duas caras e dois discursos, uma cara e um discurso enquanto está reunido em Conselho de Ministros e outra cara e outro discurso quando está a falar para o país, para os portugueses ou para os seus militantes", defendeu Semedo.

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"O primeiro-ministro anunciou no Parlamento que estava disposto a cortar nas reformas e a tributar as pensões. Isto significa que convidou o CDS a sair do Governo, a não ser que o ministro Paulo Portas tenha duas caras e dois discursos, uma cara e um discurso enquanto está reunido em Conselho de Ministros e outra cara e outro discurso quando está a falar para o país, para os portugueses ou para os seus militantes", defendeu Semedo.

"Apesar das limitações da reunião, na qual não estiveram nem o ministro Vítor Gaspar, nem o ministro Paulo Portas - o primeiro, que manda no que determina a política do Governo, e o segundo que parece que quer mandar. Entendemos que deveríamos apresentar as nossas propostas e dissemos ao Governo o que temos dito aos portugueses, é hora de acabar com esta política de austeridade e renegociar a dívida", resumiu João Semedo.

O encontro, proposto pelo Governo, tinha na agenda o documento Estratégia para o Crescimento, Emprego e Fomento Industrial 2013/2020, aprovado há duas semanas em Conselho de Ministros. Mas o "quadro limite" da execução do programa de assistência económica e financeira dava pouca margem para consensos, segundo defenderam os partidos mais à esquerda. Isso mesmo foi dito pela deputada e líder de "Os Verdes", Heloísa Apolónia, ao considerar que "não há entendimento possível" perante duas lógicas tão diferentes para o desenvolvimento do país.

"O que nos pareceu é que o Governo está à procura de uma adesão ao seu documento mas não quer mexer muito no documento", disse Heloísa Apolónia. "O Governo tem abertura para um trabalho com os partidos da oposição se nós nos encaixarmos no documento do Governo, se nós não nos quisermos encaixar no documento do Governo, o Governo não quer diálogo, nem quer trabalho", acrescentou.

Nas reuniões propostas pelo Governo estão, para além de Passos Coelho, o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, o ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, e o ministro da Solidariedade, Pedro Mota Soares.