Índios terminam ocupação de obras de barragem na Amazónia

Representantes de várias etnias indígenas deixam estaleiros da barragem Belo Monte, depois de mais uma semana de protesto..

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O fim do protesto seguiu-se à suspensão de uma autorização judicial para que fosse utilizada força policial, se necessário, para desocupar o estaleiro. Um tribunal federal brasileiro considerou considerou válida a argumentação do Ministério Público Federal de que a ocupação era pacífica e que os índios não representavam qualquer perigo público. Mas deu um prazo de 24 horas para que a ocupação termine pacificamente

Índios de oito etnias diferentes contestam o facto de não terem sido previamente ouvidos sobre os impactos que a barragem irá ter sobre as suas comunidades.

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O fim do protesto seguiu-se à suspensão de uma autorização judicial para que fosse utilizada força policial, se necessário, para desocupar o estaleiro. Um tribunal federal brasileiro considerou considerou válida a argumentação do Ministério Público Federal de que a ocupação era pacífica e que os índios não representavam qualquer perigo público. Mas deu um prazo de 24 horas para que a ocupação termine pacificamente

Índios de oito etnias diferentes contestam o facto de não terem sido previamente ouvidos sobre os impactos que a barragem irá ter sobre as suas comunidades.

Não é primeira vez que as populações indígenas se manifestam contra a barragem, que irá inundar cerca de 500 quilómetros quadrados – o dobro da dimensão do Alqueva – de terras no rio Xingu, um afluente do Amazonas, no estado brasileiro do Pará.

Nem todas as etnias vivem em zonas que serão inundadas, mas todas temem que o empreendimento altere radicalmente a sua forma de vida. 

Belo Monte será a terceira maior hidroeléctrica do mundo, depois das barragens das Três Gargantas (China) e Itaipu (Brasil/Paraguai). Terá uma potência instalada de  11.000 megawatts – quase 70 vezes a da barragem do Castelo de Bode, em Portugal.

Contestado durante anos por ambientalistas, comunidades indígenas e até organizações não-governamentais internacionais, o projecto teve luz verde do Governo brasileiro em 2011. 

Desde Junho passado, as obras foram alvo de sete ocupações de protesto.