Bloco vai propor eliminação dos exames do 4.º ano
Deputado Luís Fazenda critica "experiência pedagogicamente lamentável" e o "modelo conservador, atrasado e recuado" que o Governo pretende com os exames.
Em conferência de imprensa, no Parlamento, o deputado Luís Fazenda criticou a "experiência pedagogicamente lamentável" e o "modelo conservador, atrasado e recuado" que o Governo pretende com os exames do 4.º ano, destacando que em nenhum outro país da União Europeia contam para a nota, à excepção de Malta.
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Em conferência de imprensa, no Parlamento, o deputado Luís Fazenda criticou a "experiência pedagogicamente lamentável" e o "modelo conservador, atrasado e recuado" que o Governo pretende com os exames do 4.º ano, destacando que em nenhum outro país da União Europeia contam para a nota, à excepção de Malta.
“O que está a criar-se é uma escola com menos oportunidades, que começa a seleccionar e a definir os perfis dos alunos e das alunas logo de tenra idade", para além de criar estados de ansiedade nas crianças.
O deputado lembrou que o BE já propôs a eliminação da prova no Parlamento, iniciativa rejeitada pela maioria PSD/CDS-PP, e que voltará a apresentar o diploma "logo que seja possível".
"Nove anos de idade, fora do meio, miúdos e miúdas deslocados, obrigados a assinar uma declaração que nunca por nunca vão atender um telemóvel, uma prova de duas horas e um quarto. Há provas na universidade que não têm tanto tempo. Creio que está tudo dito com o inusitado disto", criticou.
Luís Fazenda frisou que o BE "não é contra a avaliação" e defendeu que o sistema anterior funcionava como forma de avaliar eventuais necessidades dos alunos, condenando a "examinite como bandeira central de um Governo".
Os exames nacionais de Português decorreram hoje em todo o país, envolvendo quase 107 mil alunos, mais de 50% numa escola diferente da sua.