Dois ataques contra partido islamista no Paquistão fazem 30 mortos

Campanha para a votação de sábado tem sido marcada por violência que deixou mais de 90 mortos.

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O atentado deixou pelo menos 25 mortos e muitos feridos Fayaz Aziz/Reuters

O ataque atingiu um comício do partido religioso Jamiat Ulema-e-Islam na segunda-feira à noite e foi reivindicado pelos taliban, segundo o diário britânico The Guardian.

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O ataque atingiu um comício do partido religioso Jamiat Ulema-e-Islam na segunda-feira à noite e foi reivindicado pelos taliban, segundo o diário britânico The Guardian.

E, nesta terça-feira, menos de 24 horas depois, uma bomba explode junto a um candidato do partido na província de Khyber Pakhtunkhwa (de que Peshawar é a capital), mais a norte, fazendo pelo menos cinco mortos. O candidato, o mufti Sayed Janan, ficou ferido no ataque.

Os extremistas islâmicos têm marcado a campanha eleitoral para a votação de sábado com uma onde de ataques, deixando alguns candidatos com medo de fazer campanha. Desde Abril, os taliban mataram mais de 90 pessoas em ataques contra os três maiores partidos, o que fez com que os candidatos mais importantes tenham optado por não fazer campanha em comícios como é habitual.

Até agora, os taliban tinham atacado apenas partidos seculares, apesar das suas objecções serem contra as próprias eleições, que consideram não conformes com a lei islâmica. A explosão de segunda-feira, na zona pashtun de Kurram, perto da fronteira com o Afeganistão, marca o primeiro atentado contra um partido islâmico.

Esta votação será a primeira em que um Governo eleito democraticamente passará o poder para outro também escolhido através de eleições. O favorito parece ser o antigo primeiro-ministro Nawaz Sharif, segudo pelo antigo jogador de críquete Imran Khan.

<_o3a_p>Notícia corrigida às 14h55, retirado o nome de Bilawal Bhutto Zardari, filho do actual Presidente Asif Ali Zardari e de Benazir Bhutto, assassinada em 2007 na campanha das eleições do ano seguinte, da lista de candidatos