Milhares nas ruas de Moscovo contra Putin e pela libertação dos "prisioneiros do 6 de Maio"

Protesto marca primeiro aniversário da manifestação na Praça Bolotnaia, que terminou em confrontos com a polícia e levou à detenção de dezenas de activistas.

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No dia 6 de Março de 2012, milhares de opositores de Vladimir Putin – 20.000 segundo a organização, 8000 segundo a polícia – manifestaram-se nas ruas de Moscovo contra a tomada de posse de Vladimir Putin como Presidente, marcada para o dia seguinte. Os manifestantes exigiam a repetição das eleições presidenciais de Março de 2012, devido a acusações de fraude eleitoral.

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No dia 6 de Março de 2012, milhares de opositores de Vladimir Putin – 20.000 segundo a organização, 8000 segundo a polícia – manifestaram-se nas ruas de Moscovo contra a tomada de posse de Vladimir Putin como Presidente, marcada para o dia seguinte. Os manifestantes exigiam a repetição das eleições presidenciais de Março de 2012, devido a acusações de fraude eleitoral.

No topo de um edifício de apartamentos localizado numa das principais avenidas do centro de Moscovo foi desfraldada uma tarja gigante, com a frase "Liberdade para os prisioneiros do 6 de Maio". Segundo a agência Reuters, a tarja foi removida pelas autoridades e uma pessoa foi detida.

A manifestação do ano passado, que terminou em confrontos com a polícia, levou à perseguição e detenção de dezenas de activistas ao longo do último ano. Um dos organizadores da manifestação do ano passado, Alexei Navalni – conhecido pelas suas acusações de corrupção contra as autoridades russas – está a ser julgado por desvio de fundos, num processo que considera ser "motivado e fabricado por questões políticas".

 

Alexei Navalni falou à multidão presente na Praça Bolotnaia. "Tal como vós, nunca irei render-me e nunca irei fugir. Convosco, não temo nada."<_o3a_p>

"O que eles gostam neste país é do petróleo, do gás, mas não gostam do povo (...), que tem a audácia de exigir o fim dos voos, da corrupção", disse Navalni, incitando depois os manifestantes a gritarem as palavras de ordem "A Rússia será livre" e "Putin ladrão". <_o3a_p>

Ao todo, 18 pessoas foram acusadas de participação num motim e de actos de violência contra agentes da polícia na sequência da manifestação do ano passado.

Maxim Luzianin, um restaurador e proprietário de um ginásio, foi condenado a quatro anos e meio de prisão em Dezembro do ano passado; Konstantin Lebedev, do Movimento de Frente Esquerda, foi condenado a dois anos e meio de prisão no final de Abril; o líder do Movimento Frente Esquerda, Sergei Udaltsov, e o activista Leonid Razvozzhaiev aguardam julgamento em prisão domiciliária; e o político da Geórgia Givi Targamadze é alvo de um mandado de captura internacional.