Dois milhões de portuguesas vivem com os filhos. E 400 mil não têm quem as ajude em casa
No espaço de uma década, o número de portuguesas a viver sozinhas com os filhos aumentou 36,1%. A maioria destas mães tem 60 ou mais anos.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Do seu estado civil, sabe-se que a maioria (cerca de 36%) são divorciadas. As viúvas têm também uma expressão significativa nestes núcleos familiares, atingindo os 33,9%, seguidas pelas solteiras, que representam 21,2% do total.
Outro dos dados destacados é a idade dos filhos que moram apenas com a mãe. De um total de 574.152, uma parte significativa (35%) tem 25 ou mais anos. No entanto, compiladas as faixas etárias, a que atinge uma maior percentagem é a dos filhos com menos de 15 anos, reunindo 37%.
“Esta estrutura etária traduz duas realidades distintas: por um lado, a das mulheres que ficam com os filhos após um divórcio/separação ou viuvez e, por outro lado, em que os filhos retornam a casa ou passam a cuidar das mães”, conclui o relatório sobre estes resultados.
Sublinhado no estudo do INE é também o facto já conhecido de que as portuguesas são mães cada vez mais tarde. Ao contrário do que acontecia em 2001, ano em que a maioria das portuguesas tinha o primeiro filho por volta dos 26,8 anos, em 2011 a idade de estreia na maternidade aumentou para os 29,2 anos.