Campanha nas ruas da capital tchetchena em defesa de Dzhokhar Tsarnaev
Panfletos apelam ao envio de dinheiro para a defesa do suspeito do ataque na maratona de Boston e defendem a sua inocência.
Os panfletos incluem fotografias de Dzhokhar e da sua mãe, Zubeidat, e um texto em defesa da inocência do mais novo dos irmãos Tsarnaev, que está internado num hospital-prisão nos Estados Unidos, com ferimentos graves.
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Os panfletos incluem fotografias de Dzhokhar e da sua mãe, Zubeidat, e um texto em defesa da inocência do mais novo dos irmãos Tsarnaev, que está internado num hospital-prisão nos Estados Unidos, com ferimentos graves.
"Este é o Dzhokhar Tsarnaev, um rapaz de 19 anos acusado de ter cometido um ataque terrorista em Boston. Mas, como muitos sabem agora, essa acusação não tem bases, não há qualquer prova contra ele", lê-se nos cartazes.
As autoridades ainda não identificaram os responsáveis pela colocação dos panfletos, cujo texto apela ao envio de donativos para ajudar a defesa de Dzhokhar Tsarnaev e a sua família.
"Agora ele está em estado grave, num hospital-prisão. Precisa de ajuda médica e legal. Os pais de Dzhokhar pedem a sua ajuda na recolha de fundos para o filho deles, que não podem perder, porque já ficaram sem o filho mais velho [Tamerlan Tsarnaev, morto durante a perseguição policial, no dia 19 de Abril] de uma forma cruel e injusta. Ficaremos agradecidos por qualquer ajuda. Em nome de Deus, não fique indiferente", escreveram os responsáveis pela campanha, segundo a tradução da BBC. Os panfletos incluem ainda um número para o sistema de pagamentos online russo Qiwi Wallet.
A correspondente da BBC em Grozni escreve que alguns habitantes locais suspeitam que os panfletos foram colados por "alguém que está a tentar ganhar dinheiro com os ataques à bomba em Boston".
Apesar de serem de etnia tchetchena, Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev viveram a maior parte das suas vidas na Quirguízia e no Daguestão, antes de terem entrado nos Estados Unidos com o estatuto de refugiados, em fuga da guerra na Tchetchénia e do seu alastramento à república vizinha do Daguestão.