Bayern voltou a dar uma lição ao Barcelona e confirmou a final alemã
O clube de Munique ganhou no Camp Nou e venceu a eliminatória por um resultado conjunto de 7-0, marcando encontro com o Borussia Dortmund para a 1.ª final da Liga dos Campeões 100% germânica.
Depois de o Real Madrid ter ficado a um golo de superar o Borussia Dortmund, ao Barcelona faltou muito mais. A equipa de Jupp Heynckes voltou a ser muito melhor do que o adversário, que não perdia os dois jogos de uma eliminatória europeia desde 1987, e colocou de pé o 16.º duelo entre equipas da mesma nação nas finais das competições europeias de futebol (não contabilizando a Supertaça europeia).
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Depois de o Real Madrid ter ficado a um golo de superar o Borussia Dortmund, ao Barcelona faltou muito mais. A equipa de Jupp Heynckes voltou a ser muito melhor do que o adversário, que não perdia os dois jogos de uma eliminatória europeia desde 1987, e colocou de pé o 16.º duelo entre equipas da mesma nação nas finais das competições europeias de futebol (não contabilizando a Supertaça europeia).
Contudo, é preciso recuar mais de 30 anos para encontrar o outro exemplo de uma final 100 por cento alemã: em 1979-80, na Taça UEFA, o Eintracht Frankfurt venceu em duas mãos o Borussia Mönchengladbach. Essa edição da prova ficou conhecida pelo facto de os quatro semifinalistas serem todos da RFA.
O recorde pertence a Espanha, mas a sétima final entre espanhóis foi sempre uma miragem desde que a bola começou a rolar nestas meias-finais. Apesar de ter de recuperar do 4-0 da primeira mão, o Barcelona, mesmo a jogar em casa, nunca conseguiu assustar o Bayern. O que aconteceu no início do encontro foi, de resto, o contrário: pressionante e a jogar muito rápido e ao primeiro toque, o campeão alemão aproximou-se com perigo da baliza de Victor Valdés nos primeiros 20 minutos.
Lionel Messi não saiu do banco — devido a problemas físicos — e o Barça só por duas vezes conseguiu estar perto da vantagem, mas Neuer defendeu o remate de fora da área de Pedro (24’) e Xavi atirou por cima (27’). Ao intervalo, manteve-se o nulo e a eliminatória estava mais que encaminhada para o lado dos bávaros, a quem pertenceu depois por inteiro a segunda parte.
No arranque (48’), o holandês Arjen Robben, que já tinha marcado na primeira mão, fez o primeiro golo num bom lance individual. Aos 72’, houve finalmente um golo cuja autoria pertenceu a um homem do Barça, mas Gerard Piqué marcou na baliza errada, depois de uma iniciativa de Ribéry. O francês fez uma grande exibição, a defender e a atacar no flanco esquerdo, e coroou-a com uma assistência que Thomas Müller, de cabeça, não desperdiçou (76’).
O Bayern ganhou e teve ainda o bónus de Lahm, Javi Martínez e Schweinsteiger sobreviverem à possibilidade de serem afastados da final com um amarelo.
Os dois clubes que têm batalhado pela hegemonia no futebol da Alemanha nos últimos anos também o vão fazer agora a nível continental. Mas antes há um ensaio geral: no próximo sábado, Bayern e Borussia Dortmund defrontam-se na Bundesliga.