Jornalistas da rádio pública fazem referendo sobre fusão da redacção com RTP

Na terça-feira, dia 30, também os jornalistas da televisão debatem a integração das redacções, que é vista como o primeiro passo para futuros despedimentos.

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Jornalistas da rádio temem fusão com televisão PÚBLICO

Reunidos em plenário durante cerca de três horas, os jornalistas debateram o actual processo de aproximação das duas redacções e as suas consequências tanto no trabalho daqueles profissionais como no que essa intenção de fusão pode representar na reestruturação que está em curso na empresa pública.

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Reunidos em plenário durante cerca de três horas, os jornalistas debateram o actual processo de aproximação das duas redacções e as suas consequências tanto no trabalho daqueles profissionais como no que essa intenção de fusão pode representar na reestruturação que está em curso na empresa pública.

A reunião foi convocada pelo conselho de redacção e a discussão acabou por resultar numa proposta de realização de um referendo para que os jornalistas se possam pronunciar sobre aquilo que a administração liderada por Alberto da Ponte designa como “convergência de redacções”.

Actualmente, os jornalistas de rádio já estão a receber formação em televisão e vice-versa. A intenção da administração é integrar num só espaço e tornar comuns à rádio e à televisão as editorias de Política, Artes, Economia, Agenda e Sociedade.

As duas redacções receiam que isso implique a redução de efectivos, uma vez que é sabido que os pouco mais de 200 trabalhadores que sinalizaram perante a administração a vontade de sair através de rescisões amigáveis não chegam para atingir o valor que Alberto da Ponte quer reduzir nos custos com pessoal.

Por seu lado, os jornalistas da televisão também se vão reunir em plenário nesta terça-feira, dia 30, pelas 12h, para analisar o mesmo assunto.

Na convocatória a que o PÚBLICO teve acesso, o conselho de redacção diz que “as ordens de serviço recentemente publicadas sobre a estrutura organizativa da direcção de Informação [liderada por Paulo Ferreira] têm levantado dúvidas a muitos jornalistas, quer pelas profundas alterações que encerram, quer pelo previsível impacto quotidiano na redacção”.