Seguro pede maioria absoluta mas promete Governo coligado
Líder do PS fez várias propostas políticas no encerramento do congresso socialista.
“Pedimos com clareza uma maioria absoluta para governar”, afirmou o secretário-geral reeleito quando falava já do caminho difícil a percorrer que tinha de ser feito “com os pés bem assentes na terra”.
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“Pedimos com clareza uma maioria absoluta para governar”, afirmou o secretário-geral reeleito quando falava já do caminho difícil a percorrer que tinha de ser feito “com os pés bem assentes na terra”.
Por isso defendeu “acordos ao nível governamental, parlamentar, ao nível da sociedade e dos parceiros sociais”. E, acrescentou, “mesmo com maioria absoluta não descartarei coligações governamentais, mesmo com maioria absoluta não desistirei de acordos de incidência parlamentar”.
Era a defesa do “consenso para um novo rumo” que tinha de ser feito – na opinião do líder socialista – através de uma “nova cultura do exercício governativo”.
Esse compromisso implicou ainda deixar claro que os “sacrifícios e a contenção orçamental não desaparecerão do vocabulário socialista”. E assumiu ainda a garantia de “honrar as promessas feitas”, que para Seguro é o “melhor contributo para aumentar a confiança dos portugueses nos políticos”. “O problema está mais na atitude dos políticos do que nas regras”, rematou.
A estratégia do líder socialista para a chegada ao poder inclui ainda o recurso ao mecanismo utilizado por António Guterres antes da sua chegada ao Governo em 1995. No seu discurso – que desta vez foi feito sem teleponto e de improviso apoiado por notas – anunciou a realização da Convenção para o Novo Rumo “aberta a todos”.