Presidente da Argélia internado em Paris devido a mini-AVC

As autoridades do país dizem que a situação não é preocupante e que Abdelaziz Bouteflika "vai agora descansar e ser submetido a exames".

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Bouteflika esteve internado no mesmo hospital em 2005 Louafi Larbi/Reuters

"Já foi lançada uma investigação preliminar e sua excelência, o Presidente da República, vai agora descansar e ser submetido a exames", disse à agência argelina APS o director do Centro Nacional de Medicina Desportiva, Rachid Bougherbal. A mesma agência cita um outro responsável, não identificado, que garante que "não há razão para preocupações". O Presidente argelino, de 76 anos, está internado no hospital militar Val-de-Grâce.

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"Já foi lançada uma investigação preliminar e sua excelência, o Presidente da República, vai agora descansar e ser submetido a exames", disse à agência argelina APS o director do Centro Nacional de Medicina Desportiva, Rachid Bougherbal. A mesma agência cita um outro responsável, não identificado, que garante que "não há razão para preocupações". O Presidente argelino, de 76 anos, está internado no hospital militar Val-de-Grâce.

Um ataque isquémico transitório é frequentemente designado por mini-AVC e acontece quando o fornecimento de sangue para o cérebro é interrompido por um curto período de tempo.

Esta não é a primeira vez que Abdelaziz Bouteflika dá entrada no hospital Val-de-Grâce. O Presidente argelino foi operado em Paris em 2005 – terá sido operado a uma úlcera hemorrágica no estômago, de acordo com as informações oficiais. Mas, tal como agora, a transferência para Paris, o mutismo das autoridades francesas e o laconismo do regime argelino alimentou todo o tipo de especulações – um telegrama diplomático norte-americano revelado mais tarde sugeria que Bouteflika tinha sido tratado a um cancro.

Abdelaziz Bouteflika foi um dos rostos mais importantes da luta pela independência da Argélia, entre 1954 e 1962. Foi eleito Presidente em 1999 – num acto eleitoral marcado pela desistência de todos os outros candidatos devido a acusações de fraude –, e reeleito em 2004 e em 2009.