Mais um golo nos instantes finais mantém Sporting na rota da Europa

Um golo a abrir e outro a fechar o encontro chegaram para os “leões” voltarem às vitórias no campeonato. Nacional deu boa réplica no segundo tempo e esteve perto de sair de Lisboa com um empate.

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Rafael Marchante/Reuters

A derrota no derby da Luz (2-0), na última jornada, não afectou os “leões”, que regressaram aos triunfos. Mas tiveram, mais uma vez, de sofrer para serem recompensados com a estrelinha da sorte na recta final. Tal como aconteceu com o Sp. Braga e o Moreirense, quando o golo da vitória surgiu já nos descontos.

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A derrota no derby da Luz (2-0), na última jornada, não afectou os “leões”, que regressaram aos triunfos. Mas tiveram, mais uma vez, de sofrer para serem recompensados com a estrelinha da sorte na recta final. Tal como aconteceu com o Sp. Braga e o Moreirense, quando o golo da vitória surgiu já nos descontos.

Apostando na estabilidade na equipa titular, Jesualdo Ferreira só apresentou uma alteração em relação à equipa que defrontou o Benfica. E mesmo essa foi forçada. Eric Dier lesionou-se no Estádio da Luz e coube a Adrien render esta jovem promessa da Academia no meio-campo, remetendo o holandês Schaars para o banco. De resto, tudo igual, com Bruma a recuperar dos problemas físicos que o condicionaram durante a semana e a integrar o lado direito do tridente atacante “leonino”.

E seria precisamente a mais sonante promessa da formação do clube a desequilibrar os instantes iniciais e finais do encontro. Apareceu, logo aos 5’, mas deixou-se antecipar pelo guarda-redes nacionalista, instantes antes de construir a jogada para um grande golo de Capel. Na esquerda, Bruma tirou um adversário do caminho e cruzou rasteiro para o argentino, no miolo da área, desviar para as redes com um vistoso toque de calcanhar.

Com pouca agressividade e grande permeabilidade no meio-campo, o Nacional pouco reagiu à desvantagem e deixou a formação da casa ir dominando a partida. Com cinco jogadores oriundos da formação na equipa titular, os lisboetas confirmaram que estão a atravessar o melhor momento da temporada, com uma confiança que não foi abalada pela derrota no derby.

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Mesmo sem imprimirem grande ritmo ao encontro, os “leões” foram construindo lances de perigo junto da baliza de Gottardi, com Adrien e Capel em destaque. O argentino esteve mesmo muito perto de bisar no encontro, aos 24’, valendo a base do poste esquerdo da baliza do Nacional para travar um remate rasteiro, fraco, mas bem colocado.

Mas o melhor da partida estava guardado para o segundo tempo. O Nacional regressou para o reatamento determinado a dar outra réplica e o jogo ganhou toda uma nova dimensão. Com lances de perigo divididos nas duas áreas, os insulares assustavam mais e, aos 61’, Rondon falhou por centímetros a baliza de Rui Patrício. Foi o primeiro de uma série de cruzamentos de Candeias, a partir da esquerda, que invariavelmente faziam tremer a defesa sportinguista.

Face à pontaria pouco afinada dos seus companheiros, seria o próprio Candeias a conseguir o empate, aos 74’. Uma bola perdida de Bruma, junto à linha final, foi transformada num cruzamento por Mateus, com o seu companheiro a fuzilar, de primeira, a baliza dos lisboetas. Um golo que calou os 30 mil adeptos nas bancadas.

Já com Schaars (que rendeu Adrien), Labyad (André Martins) e Viola (Miguel Lopes) em campo, o Sporting conseguiu voltar a acelerar e a empurrar o Nacional para a sua área. Aos 80’, duas grandes defesas de Gottardi impediram, na mesma jogada, golos a Wolfswinkel (no seu primeiro e único remate à baliza neste encontro) e Bruma, nas melhores oportunidades da equipa da casa no segundo tempo.

O jovem extremo acabaria por se redimir do erro que permitiu o empate aos insulares, quando, aos 86’, na sequência de um canto, cruzou para a cabeça de Marcos Rojo. O argentino desviou para o poste mais distante com eficácia.

A festa “leonina” voltou a fazer-se nos derradeiros instantes. No calendário sportinguista, restam agora Paços de Ferreira (fora), Olhanense (casa) e Beira-Mar (fora) para a equipa confirmar que esta fase final da temporada é de redenção.