Governo espanhol prevê mais recessão e desemprego
Mariano Rajoy reconhece que não conseguirá baixar desemprego durante a legislatura e apresenta mais austeridade
O documento, aprovado em conselho de ministros, estima que a economia espanhola irá contrair-se este ano a uma taxa de 1,3%, uma recessão mais forte dos que a variação negativa de 0,5% no PIB que era até aqui prevista pelo Governo. Para 2014, o Executivo já está à espera de um crescimento de 0,5%.
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O documento, aprovado em conselho de ministros, estima que a economia espanhola irá contrair-se este ano a uma taxa de 1,3%, uma recessão mais forte dos que a variação negativa de 0,5% no PIB que era até aqui prevista pelo Governo. Para 2014, o Executivo já está à espera de um crescimento de 0,5%.
O acentuar da recessão tem como um dos seus principais efeitos a persistência de uma taxa de desemprego muito próxima do valor máximo que foi entretanto antingido. Rajoy tinha prometido, quando tomou posse em 2011, que durante a sua legislatura a taxa de desemprego iria descer. Ontem, no entanto, teve de reconhecer que já não irá atingir esse objectivo.
O Executivo diz que, este ano, o desemprego atingirá 27,1% da população activa, um novo máximo histórico. E, apesar de acreditar que nos próximos anos este indicador começará a descer, mantém a projecção para 2015 em valores acima de um quarto da população activa, mais precisamente 25,8%.
Ao mesmo tempo que reviu em baixa as previsões, o Governo de Madrid apresentou medidas que têm como objectivo a redução do défice público. Espanha apenas terá de chegar aos 3% do PIB em 2016. Durante este ano, o défice será de 6,3% e no próximo de 5,5%.
Para cumprir estes objectivos, Rajoy e os seus pares irão prolongar o agravamento das taxas do imposto sobre o rendimento das pessoas (o equivalente ao IRS em Portugal) por pelo menos mais um ano do que estava previsto. "Retirar o aumento [da taxa de imposto] antes de 2014 não é viável", afirmou Cristóbal Montoro, o ministro das Finanças.
Ficou ainda a porta aberta à subida de determinados impostos especiais sobre o consumo e supressão das deduções fiscais de empresas de grande dimensão.