Finanças divulgam negociações sobre swaps às 20h

Foi agendada para esta sexta-feira uma conferência na qual será divulgado o desfecho das negociações com os bancos envolvidos.

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Ministério das Finanças quer garantir que não há dúvidas quanto aos salários dos políticos e gestores públicos. Pedro Cunha

Num comunicado enviado às redacções, a tutela esclarece que a divulgação será feita pela secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, e pelo presidente da Agência de Gestão a Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), João Moreira Rato.

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Num comunicado enviado às redacções, a tutela esclarece que a divulgação será feita pela secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, e pelo presidente da Agência de Gestão a Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), João Moreira Rato.

Nesta conferência, o Governo irá divulgar publicamente o resultado do processo negocial, iniciado há cerca de dois meses, com as instituições financeiras que comercializaram estes produtos, considerados tóxicos numa auditoria conduzida pelo IGCP. Já foram fechado alguns acordos, mas não se sabe ainda se o executivo conseguiu o pleno com todos os bancos.

Tal como o PÚBLICO noticiou na edição desta sexta-feira, são oito as instituições financeiras envolvidas. Deste grupo fazem parte os norte-americanos Goldman Sachs e JP Morgan, o francês BNP Paribas, o espanhol Santander e o alemão Deutsche Bank. A lista fica completa com o japonês Nomura, o britânico Barclays e o suíço Crédit Suisse.

No total, seis empresas públicas subscreveram este tipo de produtos, tendo os seus casos sido alvo de uma investigação mais aprofundada por parte da Inspecção-Geral de Finanças. O PÚBLICO avançou esta semana que as seis empresas são a Metro do Porto, a STCP, a Metro de Lisboa, a Carris, a Águas de Portugal e a Egrep.

De acordo com o último relatório da Direcção-Geral de Tesouro e Finanças, relativo a Setembro de 2012, as perdas acumuladas só por estas seis entidades com contratos swap rondavam os 2,4 mil milhões de euros. O valor associado a instrumentos de especulação é menor, mas ainda assim muito expressivo.

No total, há actualmente 15 empresas públicas com swaps activos, mas apenas estas seis associaram a este produto, que serve para proteger os empréstimo da variação das taxas de juro, instrumentos de especulação que criaram uma verdadeira bomba-relógio nas suas contas.