Petrolífera estatal timorense vai iniciar primeira exploração
A operação decorrerá a 240 quilómetros a sul de Díli e 500 quilómetros a noroeste de Darwin.
Em comunicado, o porta-voz do Governo timorense diz que o "contrato de partilha de produção" entre a Timor Gap, subsidiária de que a CNPTL é única detentora, a ENI e a INPEX foi assinado a 13 de Abril e visa a exploração de petróleo e gás no Mar de Timor.
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Em comunicado, o porta-voz do Governo timorense diz que o "contrato de partilha de produção" entre a Timor Gap, subsidiária de que a CNPTL é única detentora, a ENI e a INPEX foi assinado a 13 de Abril e visa a exploração de petróleo e gás no Mar de Timor.
A operação decorrerá na área de desenvolvimento petrolífero conjunto ADPC 11-106, localizada cerca de 240 quilómetros a sul de Díli e 500 quilómetros a noroeste de Darwin, cobrindo uma área de 662 quilómetros quadrados.
Os parceiros irão perfurar dois poços de exploração durante os primeiros dois anos, podendo optar por dois poços contingentes.
Nesta parceria, a ENI tem uma quota de 40,53% e é a operadora, a INPEX Offshore Timor-Leste, Ltd. possui 35,47% e a Timor Gap 24%.
"Este contrato reflecte uma forte confiança na liderança de Timor-Leste, um clima político estável e um ambiente convidativo para investimentos, com as operadoras, incluindo a ENI e a INPEX, empenhadas na parceria", pode ler-se no comunicado do Governo.
Citado no mesmo texto, o ministro do Petróleo e Recursos Minerais, Alfredo Pires, afirmou que esta participação directa "é um 'modificador das regras do jogo'" para Timor-Leste.
O governante explicou que a quota de 24% é simultaneamente "um bom ponto de partida para a capacidade da Companhia Nacional de Petróleo e um valor simbólico para muitos timorenses, uma vez que assinala o número de anos de luta levada a cabo por Timor-Leste para a sua libertação".
Depois de 400 anos de domínio colonial e de 24 anos de ocupação, diz ainda o ministro, a participação directa de Timor-Leste na exploração e desenvolvimento dos seus recursos naturais no Mar de Timor é algo há muito esperado.
O porta-voz do Governo, Ágio Pereira, disse por seu lado que este é "um momento de profundo orgulho para Timor-Leste", que participa "directamente, e pela primeira vez", na exploração e desenvolvimento de recursos petrolíferos e de gás na Área de Desenvolvimento Petrolífero Conjunto".
O objectivo da Timor Gap é actuar em nome do Estado timorense na condução de negócios dentro do sector petrolífero e do gás, incluindo a realização de actividades tanto em terra como no mar, quer de âmbito nacional como internacional.