Hospitais com nota máxima no tratamento de enfartes e AVC são todos públicos
Nenhuma unidade conseguiu a classificação mais elevada na qualidade do tratamento da pneumonia em crianças, segundo a última avaliação da Entidade Reguladora da Saúde.
Os hospitais de S. João (Porto), o de Gaia, o de Matosinhos e o da Feira são, por sua vez, os únicos que conseguem a classificação mais elevada na qualidade do tratamento do acidente vascular cerebral (AVC), a crer nos últimos dados do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SiNAS) divulgados nesta terça-feira.
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Os hospitais de S. João (Porto), o de Gaia, o de Matosinhos e o da Feira são, por sua vez, os únicos que conseguem a classificação mais elevada na qualidade do tratamento do acidente vascular cerebral (AVC), a crer nos últimos dados do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SiNAS) divulgados nesta terça-feira.
A maior parte dos estabelecimentos obteve a classificação intermédia (qualidade II) nesta área, mas também há casos de hospitais que se ficam pela nota mais baixa (qualidade I). O SiNAS avalia, entre outras coisas, os cuidados prestados no momento inicial do internamento aos “doentes-padrão” com diagnóstico de enfarte agudo do miocárdio, tal como a prescrição de terapêutica adequada no momento da alta, nos casos de enfarte e AVC.
Pela primeira vez desde que examina a qualidade dos estabelecimentos com internamento (começou em 2010), a ERS avaliou este ano as unidades de cuidados intensivos e, nesta área, apenas cinco hospitais obtiveram a classificação máxima — os de Vila Real, de Gaia, Guimarães, Feira e o Curry Cabral (Lisboa). Além disso, nenhum conseguiu a nota mais alta no tratamento da pneumonia em crianças.
Também nenhum hospital privado ou do sector social (misericórdias), do conjunto dos que já disponibilizaram dados à ERS, obteve a classificação de topo em qualquer uma destas áreas. O AVC e o enfarte agudo de miocárdio são duas das principais causas de morte em Portugal.
De resto, na mais recente avaliação a 162 hospitais públicos, privados e do sector social de Portugal na dimensão da excelência clínica, os resultados a nível global são muito bons: a maior parte dos estabelecimentos (102) cumpre os parâmetros requeridos em termos de qualidade clínica. Dos 18 que não conseguiram estrela, em 12 não foi possível chegar a conclusões apenas porque os dados recolhidos não se revelaram suficientes ou ainda estavam a ser organizados. Os restantes seis recusaram-se a ser avaliados.
Nas outras áreas examinadas pela primeira vez este ano — além das unidades de cuidados intensivos, a cirurgia vascular e a cirurgia do cólon —, a maior parte não passou da nota intermédia. Os estabelecimentos públicos conseguiram obter a classificação máxima noutras áreas avaliadas (sobretudo na cirurgia de ambulatório, nos partos e cuidados pré-parto, nas histerectomias e nas artroplastias total da anca e do joelho). Alguns dos estabelecimentos privados e do sector social conseguiram também colocar-se no topo deste rating, mas basicamente nas áreas das histerectomias e das artroplastias.