Professor de Santa Maria quer "erradicar" sacos de plástico dos Açores

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Professor está em batalha contra sacos de plástico nos Açores Rui Gaudêncio

Este professor de português foi um dos habitantes de Santa Maria que aproveitou a visita do Governo dos Açores à ilha para ser recebido por um membro do executivo regional.

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Este professor de português foi um dos habitantes de Santa Maria que aproveitou a visita do Governo dos Açores à ilha para ser recebido por um membro do executivo regional.

O Governo dos Açores terminou hoje a visita estatutária a Santa Maria e, tal como fez nas anteriores deslocações, a S. Jorge e à Graciosa, enviou a todos os habitantes da ilha uma carta informando de que os membros do executivo receberiam quem se dirigisse hoje à escola básica e secundária de Vila do Porto a partir das 18:00 e manifestasse essa vontade.

Daniel Gonçalves, que faz parte do Conselho Nacional do Partido Ecologista Os Verdes, mas foi falar com o secretário regional Luís Neto Viveiros como “cidadão” e fora de qualquer iniciativa partidária, quer erradicar os sacos de plásticos dos Açores, começando pelas ilhas mais pequenas.

O professor sublinha que os sacos de plástico ainda são gratuitos nas lojas e supermercados dos Açores e defende que se devia começar por legislar proibindo a distribuição gratuita nos estabelecimentos comerciais.Por ser um arquipélago de nove ilhas, algumas pequenas, Daniel Gonçalves diz que é “bem possível” acabar com os sacos plásticos.

“Temos a grande oportunidade de sermos uma das primeiras regiões do mundo livre de sacos de plástico”, afirmou.Levou a Luís Neto Viveiros uma petição, que pretende promover, em defesa do fim dos sacos de plástico nos Açores, e pediu-lhe ajuda nesta iniciativa dizendo aos jornalistas que gostava que o secretário regional com a tutela do Ambiente fosse um dos primeiros subscritores.

Tal como aconteceu em S. Jorge e na Graciosa, à porta das salas de aula da escola de Vila do Porto transformadas em gabinetes dos secretários, foram desfilando habitantes de Santa Maria, com problemas pessoais, mas também alguns relacionados com caminhos e equipamentos comunitários.

De novo, a iniciativa do Governo açoriano de receber a população nestas visitas às ilhas, previstas no Estatuto Político-Administrativo dos Açores, é visto com bons olhos por quem aproveita a oportunidade para se queixar, dar sugestões ou pedir alguma ajuda directamente aos membros do Governo, que, dizem, está muitas vezes afastado da "realidade" do terreno e "tem a cabeça feita" por directores regionais ou assessores.

Mas a par do elogio, aparece sempre também a desconfiança em relação aos resultados. Ou, nas palavras de um céptico que hoje passou pela escola de Vila do Porto: "São novos e quando chegam querem fazer sempre muitas coisas, mas depois..."