PS quer saber se há mais membros do Governo envolvidos nos swaps

Socialistas vão chamar ministro das Finanças ao Parlamento.

Em declarações na sede do PS, o deputado anunciou que a bancada vai chamar ao Parlamento o ministro das Finanças, para obter esclarecimentos sobre este caso que está na origem da saída de dois secretários de Estado, Paulo Braga Lino (Defesa) e Juvenal Silva Peneda (Administração Interna).

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Em declarações na sede do PS, o deputado anunciou que a bancada vai chamar ao Parlamento o ministro das Finanças, para obter esclarecimentos sobre este caso que está na origem da saída de dois secretários de Estado, Paulo Braga Lino (Defesa) e Juvenal Silva Peneda (Administração Interna).

Miguel Laranjeiro diz não conhecer o relatório da Inspecção-Geral de Finanças sobre estes contratos de alto risco que acumulam perdas potenciais de três mil milhões de euros e que tiveram a assinatura destes dois secretários de Estado quando desempenhavam funções de responsabilidade no Metro do Porto e na STCP.
 
A referência de Laranjeiro a outros membros do Governo não é infundada. O PÚBLICO divulga esta segunda-feira, na sua edição impressa, que outros dois membros do Governo também estiveram envolvidos na celebração deste tipo de contratos, mas mantêm-se no executivo: Marco António Costa e Maria Luís Albuquerque. Marco António Costa, secretário de Estado da Segurança Social, por ter sido apenas administrador não executivo da Metro do Porto. E Maria Luís Albuquerque, secretária de Estado do Tesouro, por os contratos que celebrou em nome da Refer não terem o carácter blindado dos swaps da Metro do Porto e as suas perdas serem muito menores (40 milhões de euros).
 
Em reacção à remodelação governamental em curso, que visa pelo menos substituir estes dois secretários de Estado, o dirigente socialista considera que estas alterações indicam que "o Governo é hoje um factor de profunda instabilidade". "Tomadas de posse às prestações, nunca se viu nada assim. O Governo está a desmoronar-se", afirmou. 
 
Também o Bloco de Esquerda vai requerer a presença de Vítor Gaspar, com carácter de urgência, no Parlamento, assim como de toda a documentação sobre o financiamento das empresas de transportes.