Greve na Sata avança após fracasso de negociações entre sindicatos e empresa

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Greve começa a 10 de Maio e estende-se até dia 20 do próximo mês PÚBLICO

“Não chegamos a acordo mas foi aqui debatido um conjunto de questões muito pertinentes tais como as reivindicações dos associados dos sindicatos e as restrições legais que a Sata tem para apresentar soluções concretas que consubstanciam um esforço para o grupo de cerca de um milhão de euros”, disse no final do encontro Gomes de Menezes, presidente do conselho de administração da Sata.

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“Não chegamos a acordo mas foi aqui debatido um conjunto de questões muito pertinentes tais como as reivindicações dos associados dos sindicatos e as restrições legais que a Sata tem para apresentar soluções concretas que consubstanciam um esforço para o grupo de cerca de um milhão de euros”, disse no final do encontro Gomes de Menezes, presidente do conselho de administração da Sata.

O responsável da Sata espera que após esta reunião se tenha evoluído e frisa que enviou durante o dia de hoje aos sindicatos um conjunto de propostas visando ir ao encontro dos trabalhadores, mas sempre no “total respeito” e “cumprimento da lei”.

Gomes de Menezes considera que está preocupado em obter “paz social” na companhia, em “poder trabalhar” e, acima de tudo, “prestar um bom serviço aos açorianos”, que são os accionistas da Sata.

“A Sata tem reiteradamente apresentado propostas. Fazemos aqui um grande apelo aos sindicatos para também apresentarem propostas, para não ficarem sempre à espera que a Sata avance propostas, que são de trabalho”, declarou.

Gomes de Menezes referiu que se está perante “projectos embrionários muito aturados e estudados”, adequados à realidade operacional da Sata, que tem de ser “sustentável” e “reprodutiva”, contando com o “contributo de todos”.

O porta-voz da plataforma dos sindicatos, Jaime Prieto, à saída da reunião referiu que “não se conseguiu” encontrar soluções para acabar com a “discriminação negativa” que está a feita aos trabalhadores açorianos.

Jaime Prieto afirmou que, após mais esta ronda de negociações, a transportadora aérea açoriana não tinha uma “proposta concreta” no que concerne ao corte nos vencimentos dos trabalhadores que pudesse formalizar como sendo uma proposta final.

“Já fomos enganados uma vez. Sem rodeios, temos que dizer que isso não passa de um jogo político-partidário que está a ser usado como alavanca de partidos e do Governo Regional contra o Governo Central. Certamente nada disso aconteceria se ambos os governos tivessem a mesma cor política”, considera o sindicalista.

De acordo com Jaime Prieto, a greve que agora se vai realizar “não custa mais a ninguém” do que a um trabalhador da própria empresa, acrescentando que chega de enganar quem “menos culpas” tem nesta situação.

“Estaremos sempre abertos a soluções. Já dissemos que não queremos estar envolvidos nesta quezílias de discussão entre o Governo da República e o Governo Regional. É inconcebível pôr-se trabalhadores e açorianos a sofrer com esta discussão”, concluiu.

Não foi assim possível encontrar uma solução que evite a paralisação agendada para terça, quarta e quinta-feira e 2,3 e 4 de Maio.

As datas para a paralisação agendadas pela plataforma sindical deverão condicionar o rali dos Açores e as festas do Santo Cristo.