Capriles desmarca manifestação e pede aos apoiantes para não sairem à rua
O líder da oposição disse saber que o Governo iria infiltrar pessoas no protesto.
A decisão de suspender os protestos e manifestações deve-se ao facto de terem sido detectados homens do regime infiltrados entre os apoiantes, disse o representante da Unidade Democrática. A função destes infiltrados seria a de provocar distúrbios.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A decisão de suspender os protestos e manifestações deve-se ao facto de terem sido detectados homens do regime infiltrados entre os apoiantes, disse o representante da Unidade Democrática. A função destes infiltrados seria a de provocar distúrbios.
"Advertiram-me para o facto de o Governo ter começado a infiltrar pessoas na mobilização convocada e, por isso, a manifestação de amanhã [desta quarta-feira] não se realiza".
Capriles pediu também ao Governo que abra o diálogo de forma a resolver a crise que a Venezuela atravessa e voltou a pedir a recontagem dos votos das eleições de domingo, ganhas por Nicolás Maduro (o herdeiro de Hugo Chávez) por uma escassa margem de 230 mil votos. Capriles não reconheceu os resultados.
"Só peço a recontagem dos votos", insistiu Capriles que, numa conferência de imprensa com jornalistas internacionais, mostrou provas das irregularidades, já denunciadas no dia 14. Disse que houve mais de 3200 irregularidades, entre elas máquinas de votação avariadas, mortos que votaram, coerção ao voto.
"Este é o momento da inteligência e da razão", disse Capriles. "Não podemos perder o rumo. Mas, ao mesmo tempo, disse que está disposto a "radicalizar a revolução".