Capriles vence na Madeira com 87% dos votos expressos

Capriles obteve 470 e Nicolás Maduro 64 votos entre os eleitores venezuelanos inscritos na Madeira. Registou-se ainda um voto nulo e três noutros candidatos.

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Capriles ficou muito próximo de Maduro, mas não conseguiu ganhar as eleições Reuters

A votação dos venezuelanos residentes na Madeira decorreu “em total tranquilidade, respeito, patriotismo e sentido democrático”, frisou Félix Méndez Correa, cônsul-geral da Venezuela no Funchal.

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A votação dos venezuelanos residentes na Madeira decorreu “em total tranquilidade, respeito, patriotismo e sentido democrático”, frisou Félix Méndez Correa, cônsul-geral da Venezuela no Funchal.

Na Venezuela, Nicolás Maduro, 50 anos, o candidato do “chavismo”, venceu o escrutínio por menos de 300 mil votos e é o novo Presidente do país. Contudo, o seu opositor, Henrique Capriles, 40 anos, quer uma recontagem dos votos, não aceitando os resultados preliminares avançados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). De acordo com os dados avançados pelo CNE venezuelano, Maduro recolheu 50,66% dos votos do sufrágio, contra 49,07% de Capriles com uma diferença de apenas 235 mil votos.

Em Outubro de 2012, foram mais os venezuelanos radicados na Madeira que foram às urnas, naquele que foi o último acto eleitoral que deu a vitória a Chávez. Então, a taxa de participação na Madeira atingiu os 68,1%, num total de 611 votos. Na altura, na mesa instalada no Consulado Geral da Venezuela em Lisboa votaram 228 dos 457 eleitores, ou seja, cerca de 50%.

Na Venezuela, há aproximadamente meio milhão de portugueses. Trata-se da segunda maior comunidade portuguesa na América Latina, a seguir ao Brasil. Perfeitamente integrados na sociedade local, onde muitos atingiram importantes posições na actividade económica, sobretudo no sector do comércio, os portugueses são, na sua maioria, originários da ilha da Madeira.