Seguro assume reeleição como "voto de confiança" dos socialistas
Reeleito com 96% dos votos, secretário-geral do PS critica soluções propostas pelo primeiro-ministro na carta à troika e defende maior investimento
O actual líder do principal partido da oposição aproveitou assim as directas para – conforme referiu por mais de uma vez – se apresentar como o próximo e legítimo candidato do PS às eleições para a Assembleia da República. Caracterizou as directas como o “último acto antes das próximas legislativas” e garantiu que tudo fará para “que as nossas [do PS] sejam colocadas à disposição do nosso país”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O actual líder do principal partido da oposição aproveitou assim as directas para – conforme referiu por mais de uma vez – se apresentar como o próximo e legítimo candidato do PS às eleições para a Assembleia da República. Caracterizou as directas como o “último acto antes das próximas legislativas” e garantiu que tudo fará para “que as nossas [do PS] sejam colocadas à disposição do nosso país”.
Tal como nos últimos dias, já não fez nenhuma referência directa à necessidade de eleições antecipadas, optando por frisar antes a urgência de “mudar rapidamente esta página da nossa vida”. “Vencer a crise é meu compromisso”, disse Seguro na sede do PS, em Lisboa, na iniciativa Os Jovens e o Futuro.
Sobre os recentes acontecimentos políticos, fez questão de marcar a diferença em relação ao Governo quando questionado sobre a carta enviada pelo primeiro-ministro à troika. “Para mim, a solução não é o caminho da austeridade”, começou por dizer, antes de defender a “criação de oportunidades” no país. “O nosso país está a ganhar musgo porque o investimento está a cair”, afirmou.
Nos resultados anunciandos esta madrugada, António José Seguro conseguiu mais de 96% dos votos nas eleições directas. Seguro teve como único opositor o militante socialista Aires Pedro, candidatura que apenas concorreu em sete (três na federação de Lisboa, duas no Porto e duas na Guarda) das 700 secções do PS.
O actual secretário-geral socialista vai assim eleger a larga maioria dos 1825 delegados ao XIX Congresso Nacional do PS, que decorrerá entre 26 e 28 deste mês, em Santa Maria da Feira, e onde serão eleitos os órgãos dirigentes do partido.
Nas últimas eleições directas, em Julho de 2011, António José Seguro derrotou o ex-líder parlamentar socialista Francisco Assis, obtendo 23900 votos contra 11280, mais de dois terços dos votos.