Demitiu-se o Grande Rabino de França após confessar plágio e falsificação de currículo

O principal representante do judaismo em França vai "entrar de baixa".

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Bernheim estava em funções desde Janeiro de 2009 LIONEL BONAVENTURE/AFP

Bernheim disse que iria “entrar de baixa” com efeitos imediatos durante uma reunião extraordinária do Consistório Central Israelita, anunciou o vice-presidente do Consistório de Paris, Elie Korchia.

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Bernheim disse que iria “entrar de baixa” com efeitos imediatos durante uma reunião extraordinária do Consistório Central Israelita, anunciou o vice-presidente do Consistório de Paris, Elie Korchia.

O Grande Rabino, que reconheceu ter plagiado vários autores e que, afinal, não era agregado de Filosofia como constava no seu currículo, tinha afirmado na véspera que não se iria demitir. Para ele a demissão equivalia a uma “deserção”, disse na altura.

Bernheim admitiu que o seu livro Quarante Méditations Juives (Stock), de 2011, contém várias passagens que foram plagiadas e confessou que nunca participou em nenhum concurso nacional de professores para a agregação em Filosofia, apesar de este ponto constar sempre no seu currículo.

Perante os 30 membros do Consistório Israelita, “reconheceu os factos, pediu perdão e deu explicações. E aceitou ser afastado das funções de Grande Rabino”, explicou à AFP Sammy Ghoslan, vice-presidente daquela instituição, no final da reunião.

“É uma solução que traz mais serenidade. Estivemos todos de acordo”, comentou Ghoslan, explicando que todas as funções desempenhadas até agora por Gilles Bernheim “vão ser asseguradas por um dirigente interino que será designado na próxima semana pelo presidente do consistório".

Gilles Bernheim foi eleito Grande Rabino de França em 2008 e entrou em funções no dia 1 de Janeiro de 2009.